Da Redação
A possibilidade de desligamento de uma das quatro hidrelétricas do Amapá levantou um novo debate sobre a segurança elétrica no estado, que historicamente é afetado por apagões e racionamentos. Nesta sexta-feira (6), o deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) questionou o Operador Nacional do Sistema (ONS) sobre o tema, que foi notícia ontem.
O diretor-geral do NOS, Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que há a chance de desligamento da Cachoeira Caldeirão, entre os municípios de Porto Grande e Ferreira Gomes, no Rio Araguari, onde o nível da água estaria “preocupante”.
“O Amapá não pode mais ser penalizado. Foi apagão de mais de 20 dias, o serviço é ruim, extremamente caro e anunciaram um aumento de 44,41%. Senhor diretor-geral, o Amapá está no limite com a questão energética”, afirmou Dorinaldo em ofício enviado ao órgão.
O documento faz 4 perguntas principais:
Ocorrerá o desligamento de alguma das hidrelétricas no Amapá? Se sim, qual e quando?
Qual o nível ideal de água nos reservatórios? Quais os níveis atuais?
Se o desligamento for efetivado, o Amapá terá algum problema de cobertura?
Sobre a tarifa de energia, o desligamento irá acarretar algum aumento, para além da tarifa extremamente cobrada da população já nos dias atuais?
Compensação
Dorinaldo é autor de dois projetos de lei que visam compensar o Amapá por ser um estado produtor de energia renovável. Uma das propostas impede a cobrança de bandeiras amarela e vermelha no Amapá.
O segundo determina que estados com baixo Índice de Desenvolvimento Urbano (IDH) tenha tarifas menores.
“Nós estamos vigilantes e vamos seguir em todas a frentes possíveis. O Amapá tem que ter a sua questão energética resolvida e isso só é possível se o povo não for acharcado com serviço ruim e tarifa exorbitante”, finalizou Dorinaldo.