Por IAGO FONSECA
Lojistas do Centro Comercial de Macapá dividem opiniões sobre a procura por flores e ornamentos para o feriado de Finados, no próximo dia 2. A quatro dias da data, alguns se queixam e outros mostram entusiasmo. As lojas investiram pesado em estoques, vitrines e variedades, apesar de saberem que haverá concorrência com os ambulantes nas entradas dos cemitérios.
Em outubro, o comércio aumentou as áreas de exposição dos itens decorativos.
“Achávamos que o movimento ia começar na metade do mês. Antes, com duas semanas já havia procura, mas como todo bom brasileiro, penso que deixarão para o final, próximo do dia”, estima Eloana Coutinho, gerente de uma importadora na Rua Cândido Mendes.
Com descontos e opções de parcelamento, Eloana explica que, mesmo com a meta atingida, a procura está menor, apesar da variedade nos dois andares da importadora.
“Ano passado foi mais agitado, tinha mais público e tínhamos menos produtos. Acho que a quantidade de lojas e ambulantes que vendem na porta de cemitérios podem ser um fator para as pessoas não virem”, conclui a gerente.
Em outra loja, a gerente Rosilene Santos avalia que a expectativa é bater a meta antes do feriado.
“A procura está grande, nós temos muita variedade e o cliente também procura qualidade. Estamos com encomendas também, principalmente pela manhã. Nós temos uma meta e estamos trabalhando para alcançar”, afirma.
Com a variedade e preço em mente, as irmãs Magda e Mora Dias, de 60 e 64 anos (na foto de capa da reportagem), respectivamente, se anteciparam para montar suas homenagens aos familiares que partiram.
“Cada um tem a sua personalidade, ano passado gastamos R$ 500, mas compramos todos os anos para nossos familiares que estão em Macapá, escolhemos o fim da tarde que é melhor para evirar a quentura”, conta Magda.
Para Rosinaldo Pinheiro, gerente de outra loja na mesma rua, o feriado de Finados é o maior evento da empresa, que mobiliza a instalação de um setor exclusivo para os arranjos florais, vasos e esculturas.
“Nos preparamos cedo, desde abril, na confecção dos produtos. Apesar disso, já temos procura para as festividades de fim de ano”, revela Rosinaldo.
De acordo com o Procon, 31 empresas foram fiscalizadas entre os dias 24 e 27 de outubro para verificar a regularidade, os preços e as formas de pagamento, dentre elas 15 importadoras. O órgão afirma que não foram encontradas irregularidades nas empresas visitadas.