Da REDAÇÃO
Uma força de órgãos federais e estaduais enfrenta há mais de 14 dias um incêndio de turfa na Reserva Biológica do Lago Piratuba, no extremo leste do estado do Amapá.
As queimadas já cobrem, aproximadamente, 15 quilômetros da região, que é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O órgão, junto com a Marinha, coordena os trabalhos de combate aos focos, com apoio do Corpo de Bombeiros do Amapá e brigadistas de outras reservas amapaense.
A Reserva do Piratuba possui cerca de 400 mil hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, ambos em situação de emergência devido à estiagem que atinge o estado.
Por ser subterrâneo, o incêndio de turfa é um dos mais complexos a serem combatidos. A turfa é um material orgânico formado pela decomposição da vegetação que se acumula no solo e pode alcançar vários metros de profundidade, virando uma massa altamente inflamável rica em carbono, o que facilita a combustão.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a melhor forma de combate a este tipo de ocorrência é a escavação de trincheiras no solo para promover a descontinuação do fogo subterrâneo, além do lançamento de água por aeronaves, como fizeram helicópteros da Marinha e do ICMBio, neste domingo (12).
A região onde ocorre o incêndio é de difícil acesso, sendo que, durante o verão, a locomoção para a reserva só pode ser feita de forma fluvial. Com o período de estiagem, para chegar ao local é necessário o apoio aéreo.
Cabo Orange
Outra reserva que sofre com os incêndios florestais é a do Parque Nacional do Cabo Orange, localizado no litoral do Amapá, entre as cidades de Calçoene e Oiapoque, extremo norte do Amapá, região fronteiriça à Guiana Francesa.
Hoje (13) deverá ocorrer uma reunião com o chefe da reserva do Cabo Orange, para acertar estratégia de combate. Está previsto um sobrevoo até amanhã (14), para analisar a situação.