Após alta de 150% de incêndios, AP se planeja para próxima estiagem

Segundo governador Clécio, o governo procura obter recursos financeiros e materiais para prevenir a próxima estiagem.
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Por IAGO FONSECA

Após a redução significativa de focos de calor no Amapá, com início das chuvas, tratativas com o Governo Federal buscam prevenir os impactos da próxima estiagem no estado, que entre agosto e novembro deste ano apresentou aumento de 150% em comparação com 2022.

Por meio do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), que visa fortalecer o combate a crimes ambientais e preservação local da natureza, o governo estadual procura obter recursos financeiros e materiais para prevenir a próxima estiagem.

O anúncio foi feito durante a apresentação do relatório sobre combate a queimadas, estiagem, salinização das águas e auxílio à população pelo governador Clécio Luís (SD), na manhã desta quinta-feira (30), em Macapá.

“Com o Plano Amas já temos garantidos para o ano que vem a disponibilização de mais dois helicópteros e pick-ups equipadas que conseguem entrar no fogo, para estarmos melhor preparados. Também estudamos a criação de uma secretaria estadual da Defesa Civil, para demandar ações de defesa e auxílio aos municípios”, afirmou o governante.

Ainda segundo o governo, tratativas com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional buscam recursos para criação de poços artesianos e cisternas para coletar água durante a seca.

Operação Amapá Verde combateu incêndios. Foto: Iago Fonseca/SN.com

Muitos focos de incêndio foram registrados…

… mesmo dentro das cidades. Foto: Iago Fonseca/SN.com

Segundo o relatório, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registraram 2.457 focos de calor no Amapá entre agosto e novembro. Durante a operação Amapá Verde, 478 militares atuaram com apoio de três helicópteros – do Grupo Tático Aéreo, Marinha e da Força Aérea Brasileira – nas queimadas espalhadas pelo estado, incluindo nas reservas ambientais com agentes do ICMbio.

Suporte

Além das queimadas e estiagem, o estado também enfrenta outras ocorrências como a salinização do Rio Amazonas e o aumento dos casos de malária no norte do Amapá.

“A cada uma dessas emergências tivemos pronta resposta. Isso possibilita também que ano que vem estejamos mais preparados e estruturados. Tudo indica que esses fenômenos vão acontecer por mais três anos pro conta do El Nino”, concluiu Clécio.

Segundo dados do governo, mais de 1,8 milhões dê litros de água potável foram distribuídas para as comunidades do Sucuriju, Bailique e Tartarugalzinho, principais regiões atingidas pelas emergências nos rios.

Também foram distribuídos, nessas localidades e nos municípios de todo o Oiapoque, Cutias, Porto Grande e Amapá, 15 mil kits alimentares.

Fumaceira atingiu todos os 16 municípios. Foto: Iago Fonseca/SN

Qualidade do ar

Todos os 16 municípios foram afetados pela estiagem e consequentes queimadas e incêndios florestais. Os efeitos desses eventos, sobretudo a fumaceira, atingiram cerca de 200 mil pessoas, segundo o governo.

De acordo com a secretaria de Meio Ambiente do Amapá, após as chuvas de segunda-feira (27), a qualidade do ar, que antes foi classificada como ruim, agora já está em nível bom para moderado, portanto, o uso de máscaras já não é necessário.

Chuvas

Para o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), as chuvas de dezembro devem permanecer entre formas de pancadas localizadas moderadas, porém, o período chuvoso também pode registrar menos chuvas comparado a anos anteriores.

Seles Nafes
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