atualizado às 21h29
Por SELES NAFES
O juiz Luís Conversani, da 4ª Vara Criminal de Macapá, proibiu que o empresário e ex-presidente da Fundação Cultural de Macapá (Fumcult), Olavo Almeida, acesse o prédio do órgão e mantenha contato com vítimas e testemunhas envolvidas numa nebulosa história de supostos crimes de assédio sexual dentro da fundação. A Polícia Civil chegou a sugerir o arquivamento do inquérito quando as vítimas passaram a ser suspeitas de mentir e tentar cooptar testemunhas.
O caso foi investigado pelo delegado Bruno Braz, da Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DECCM), a partir de setembro, quando duas servidoras registraram boletins de ocorrência contra o então presidente da Fumcult. Após isso, Olavo Almeida foi exonerado do cargo pelo prefeito Dr Furlan (Podemos).
Depois de 16 depoimentos de testemunhas e vítimas, o delegado concluiu que havia contradições e omissão de informações em interesse próprio e por motivações políticas.
Mesmo assim, antes de arquivar o inquérito, o delegado ajuizou representação contra Olavo Almeida e contra as duas vítimas, para que o trio fosse proibido de conversar entre si, com testemunhas e de entrar na fundação.
A defesa de Olavo Almeida disse na época que “existem vítimas e pseudovítimas, e é fundamental que a autoridade policial perceba a diferença”
Na semana passada, o juiz Luís Conversani decidiu atender o pedido somente em relação a Olavo Almeida. Ele está proibido de acessar dependências da fundação e ficar a menos de 300 metros das duas vítimas.