Por IAGO FONSECA
Um mutirão mensal de prevenção ao câncer em mulheres busca aumentar a realização de mamografias em Macapá. Neste mês, 21 mulheres do distrito do Carmo do Maruanum, a 60km da capital, fizeram a checagem de rotina no Centro de Especialidades Dr. Papaléo Paes.
Atualmente, somente 40% das mulheres acima de 40 anos buscam atendimento periódico em Macapá, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). A mamografia é um exame radiológico que detecta calcificações, nódulos e tumores nas mamas.
Rosilene Espindola, de 41 anos, realizou o exame pela primeira vez na manhã desta terça-feira (28). Para ela, a experiência foi rápida e sem complicações.
“Muita gente dizia que doía, mas eu não senti tudo isso, não. Vou aguardar o resultado lá na comunidade, a saúde das nossas mulheres é importante”, destacou a paciente.
O atendimento na comunidade do Maruanum iniciou em agosto, após uma palestra sobre a saúde da mulher na Unidade Básica de Saúde. Na última semana, as moradoras foram convocadas e conduzidas pela Semsa até a capital.
“Como é distante, quando tem uma ação dessas, todo mundo quer vir. Algumas ficam retraídas, mas não é um bicho de sete cabeças. Foi muito bom, digo que somos privilegiadas”, comentou emocionada Antônia Braga, de 53 anos, ao lembrar de um caso de câncer na família.
O exame deve ser realizado anualmente. Mulheres acima de 40 anos na capital devem buscar atendimento no Centro Papaléo com documento de identidade, comprovante de endereço e cartão do SUS. O atendimento é por livre demanda e não necessita de encaminhamento médico.
Mulheres moradoras dos distritos de Macapá devem buscar as unidades de saúde para o levantamento de demandas e encaminhamento para o centro de especialidades.
“A direção faz a captação, explica a importância do exame e a prefeitura pega essas pacientes e traz até o Centro Papaléo Paes. A nossa intenção é que todo mês uma comunidade seja beneficiada com o transporte. O trabalho de conscientização é no ano inteiro”, afirmou a secretária municipal de saúde, Érica Aymoré.
De acordo com ela, além da mamografia, as pacientes das comunidades distantes também podem realizar outros exames de média complexidade, que não são cobertos pelas UBS.