Por LEONARDO MELO
O policial penal que abriu fogo dentro do Lotus Bar, no Centro de Macapá, durante uma confusão em abril deste ano, fez um acordo com o Ministério Público do Estado para paralisar o processo. Ele terá de cumprir várias restrições nos próximos cinco anos e ainda pagar uma multa.
De acordo com o processo, Leandro Wendell Leite Colares disparou dentro do estabelecimento, mas ninguém ficou ferido. A defesa dele chegou a dizer que ele atirou para o alto para, supostamente, encerrar uma briga generalizada.
Um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais mostra o policial (camisa verde e bermuda) sendo retirado do bar, localizado na Avenida Iracema Carvão Nunes, por volta das 23h, bastante exaltado após ter feito os disparos. Durante a retirada, ele chega a colocar a mão na cintura como se fosse retirar algum objeto, mas concorda em deixar o local.
O MP aceitou a proposta da defesa de celebrar um “acordo de não persecução penal”, que é quando o processo fica suspenso pelo período de 5 anos. Como o policial tem bons antecedentes e não tinha feito nenhum acordo parecido antes, ele foi beneficiado com a suspensão da ação penal.
No entanto, Leandro Wendell terá que comparecer em juízo durante 1 ano e 6 meses, além de efetuar o pagamento de R$ 2,6 mil a uma entidade pública. O valor será dividido em 12 parcelas de R$ 220.
O acordo foi assinado pelo advogado e pelo promotor do caso, Vinícius Mendonça Carvalho. O juiz Matias Pires Neto homologou o acordo no último dia 17 de novembro.
Atualização: O advogado Marcelo Américo procurou o Portal SN exigindo que a imagem e o nome do policial fossem retirados da reportagem, sob pena de um processo judicial. Ele também garantiu que o policial penal disparou para o alto para evitar que mortes ocorressem dentro da boate, e que um vídeo interno provaria isso. O Portal SN solicitou o vídeo mencionado pelo advogado, mas ele não falou mais sobre o assunto.