Por OLHO DE BOTO
Uma publicação espalhada recentemente em grupos de WhatsApp, sobre um suposto abuso sexual contra uma criança de 8 anos, pode ter sido o motivo do assassinato do auxiliar de eletricista Valber do Nascimento, de 39 anos.
Ele foi executado a mando de uma facção criminosa, na noite desta terça-feira (7), no Bairro Parque das Laranjeiras, em Santana, a 17 km de Macapá.
Valber estava dentro de casa, em uma passarela da Rua das Acácias, quando foi surpreendido por pelo menos dois criminosos que invadiram seu imóvel e o executaram com dois tiros dentro do banheiro. Os peritos confirmaram que os disparos atingiram a cabeça e o peito da vítima.
Uma câmera de segurança instalada na frente da casa do eletricista registrou a chegada e a fuga dos suspeitos e, poucas horas depois, um deles foi preso por policiais do Grupo Tático Aéreo (GTA) e do 4º Batalhão da PM – durante as incursões das Operações Paz e Hórus.
Marcelo Pelaes Almeida, de 20 anos, foi capturado em área de pontes da Avenida 15 de Novembro. Ele negou ser o executor do crime, mas contou ter acompanhado o atirador, que havia recebido ordens de uma facção para matar Valber.
Marcelo Pelaes foi autuado por homicídio e segue aguardando decisão da Justiça para saber se vai responder pelo crime preso ou em liberdade. A audiência de custódia deve acontecer ainda nesta quarta-feira (8).
O suposto abuso sexual
O pai do eletricista atribui a morte do filho a uma recente publicação espalhada em grupos de whatssap, mostrando a foto de Valber e o acusando de ter abusado sexualmente da enteada, que à época da acusação tinha 8 anos.
Ele não quis gravar entrevista, mas contou à reportagem que a denúncia do suposto abuso foi feita há 4 anos e que nada foi comprovado. Porém, não sabe porque agora essa publicação foi requentada na Internet.
Por esse motivo, a polícia suspeita que a execução do eletricista tenha sido ordenada por uma facção que atua na região onde a vítima morava com a esposa. O caso é investigado pela 1ª DP de Santana, que tenta agora identificar e prender o outro criminoso que participou da execução.