Bioparque abriga ‘paraíso das orquídeas’ no Amapá

Orquidário Municipal Terezinha Chaves foi ampliado para receber e proteger espécies da região amapaense.
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Por IAGO FONSECA

Visitantes do Bioparque da Amazônia, na Rodovia Josmar Pinto, zona sul de Macapá, podem contemplar o novo Orquidário Municipal com 339 espécies de orquídeas, entre nativas e híbridas.

Inaugurado na manhã desta quinta-feira (21), o Orquidário Municipal Terezinha Chaves foi ampliado para receber e proteger espécies da região amapaense. As plantas foram coletadas em áreas de manejo florestal, distritos e centro de Macapá e da Região dos Lagos. Lá também encontra-se a Epidendrum Amapaense, a primeira orquídea catalogada como nativa do Amapá.

“Foi ampliado em 40%, dando mais condições para que elas pudessem ser expostas, para que nós pudéssemos atender aos alunos que vêm pra cá para estudar sobre a família das orquídeas e, também, os orquidófilos que vêm aqui trazer as suas orquídeas para que aqui sirva de celeiro, para que desenvolvem e floresçam aqui para fazer a identificação”, explicou Fátima Santos, orquidófila responsável pelo ambiente.

Mais de 300 orquídeas podem ser contempladas no local. Foto: Fernando Tavares/ Ascom PMM

Várias espécies no espaço, tanto orquídeas que crescem em troncos …

… como nos vasos

O local foi criado em 2012 no Horto Municipal, quando a família da orquidófila Terezinha Chaves doou as plantas para criação do viveiro. Então, quando o Bioparque foi reinaugurado, em 2019, as espécies foram transferidas. Hoje, Chaves dá nome ao local em homenagem póstuma.

“Temos aqui 80% nativas daqui do nosso Amapá e 20% híbridas. Elas florescem qualquer época do ano. Temos orquídeas que crescem no chão, que colocamos nos vasos, e as que crescem em árvores”, explicou Fátima.

Orquidófila há mais de 20 anos, Socorro Cantuária cultiva cerca de 400 em sua casa, na zona norte de Macapá. Ela foi até o Bioparque para doar duas plantas que ainda não floresceram. As plantas ficarão em quarentena, para que seja verificada a saúde delas e que não contaminem outras com eventuais doenças.

Fátima Santos, orquidófila responsável pelo ambiente

Elas florescem em qualquer época por estarem adaptadas ao clima

Espaço de quarentena

Espécies são nativas e híbridas adaptadas

“A maior importância disso é a beleza. Dificilmente você consegue ver uma planta florida e não se encantar. Todas são lindas, mas a questão ambiental, a proteção e educação também são importantes”. 

O espaço conta com a ampliação de mais de 100 metros quadrados, telhado misto de sombrite, alambrado e telha cerâmica para abrigar diferentes espaços para as plantas, que são seletivas em relação ao sol, e bancadas para transplantar as mudas.

A disponibilidade para visitas pode ser verificada no gabinete do parque. São realizadas visitas monitoradas e oficinas por agendamento, de acordo com o gerente do orquidário, André Pereira.

Orquidófila Socorro Cantuária: “Todas são lindas, mas a proteção e educação também são importantes”

Epidendrum Amapaense, a primeira orquídea catalogada como nativa do Amapá

André Pereira: “Por conta do cuidado que a gente tem com as orquídeas aqui as visitas precisam ser agendadas”

“Por conta do cuidado que a gente tem com as orquídeas aqui as visitas precisam ser agendadas. Elas são um pouco melindrosas e, às vezes, as pessoas acabam mexendo, elas não gostam de ser tocadas. Aqui é como se fosse uma UTI. O importante mesmo é ter um prévio aviso para a gente se programar e evitar mesmo o contato muito grande com as plantas”, resumiu André.

O valor investido ampliação do espaço foi de mais de R$ 140 mil, com recursos próprios do Bioparque e execução pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura.

Seles Nafes
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