Morre Marinheiro, o ‘doutor das ciências ocultas’

Ele serviu à Marinha durante a 2ª Guerra Mundial.
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Por CAROLINA MACHADO

Faleceu nesta sexta-feira (1º), Joaquim Picanço do Espírito Santo, o Marinheiro, figura notável e folclórica de Macapá por suas experiências com sobrenatural.

Seu Joaquim se definia “doutor nas ciências ocultas”. Ele afirmava ter habilidades na cura do câncer e também trazer esposa ou marido de volta. Os “atendimentos” espirituais às pessoas eram feitos na casa dele, onde havia um altar com velas e imagens de santos católicos.

Ele vivia sozinho em uma casa localizada na avenida Salgado Filho, no bairro Santa Rita. Ele perdeu a esposa, dona Marciana Martins, em 2020 e tinha apenas dois filhos, que também já faleceram.

A causa da morte foi um câncer no pescoço que foi descoberto após cair de uma moto há aproximadamente cinco meses.

Seu Joaquim vivia sozinho em uma casa localizada na avenida Salgado Filho, no bairro Santa Rita. Foto: Carolina Machado

De acordo com a sobrinha de seu Joaquim, Nazaré Soledade, ele estava internado na Unidade Estadual de Internação onde também teve uma pneumonia.

“Mas o que matou o meu tio foi o câncer, que já estava em um estágio avançado. Perto de morrer, ele já nem podia mais falar. Ele chegou a ter um AVC há uns meses. E tudo isso contribuiu para que a situação dele piorasse e ele viesse a falecer”, afirmou.

De acordo com ela, apesar de no registro de nascimento constar 96 anos, ela relata que o idoso tinha 106. “Quando ele foi registrado, colocaram errado a idade dele. Mas ele tinha 106 anos”, afirmou.

O idoso também serviu à Marinha durante a 2ª Guerra Mundial e sempre chamava a atenção das pessoas por vestir todos os dias uma roupa branca que se assemelha a uma farda e um chapéu branco.

O vizinho Carlos Alberto lembrou que o idoso era uma pessoa muito bondosa e que sempre se preocupava em rezar pelos vizinhos.

“Ele sempre pedia para que anotassem o nome de cada um daqui da rua para rezar por nós. Isso mostra o quanto ele era uma pessoa bondosa. E ele vai deixar saudades”, declarou.

O velório de seu Joaquim está sendo feito na casa de uma sobrinha, no Pacoval. Ele será sepultado neste sábado (2) no Cemitério São José, localizado no bairro Buritizal, zona sul de Macapá.

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