Por SELES NAFES
Equipes conseguiram localizar a empilhadeira que despencou de uma balsa, ontem à tarde (16), na Companhia Docas de Santana, no município de Santana (17 km de Macapá), deixando um trabalhador desaparecido. A previsão é de que o equipamento seja içado por volta das 15h.
Hoje pela manhã, mergulhadores do Corpo de Bombeiros desceram duas vezes até o equipamento, mas não conseguiram ainda localizador o operador Renan da Silva Lobato, de 30 anos.
“Só vai ser liberado para mexer na empilhadeira quando o Corpo de Bombeiros liberar, porque o objetivo principal é localizar o trabalhador”, explicou o diretor da CDSA, Edval Tork.
O equipamento está numa profundidade de 36 metros. Como a água do Rio Amazonas é turva, não há qualquer visibilidade. Os mergulhadores fazem toda a inspeção apenas usando o tato.
“É muito fundo. Então, quando os mergulhadores chegam lá, já está quase na hora de voltar. Além disso, outra dificuldade é que a empilhadeira não está na posição normal”, acrescentou.
Os mergulhadores farão o próximo mergulho por volta as 12h. A previsão é de que o içamento ocorra às 15h aproveitando a baixa da maré.
O acesso ao local do acidente foi limitado pela Polícia Federal e Corpo de Bombeiros. A imprensa não pode acompanhar e apenas um parente foi liberado para estar presente.
As operações de carga e descarga no porto foram suspensas até o fim do resgate.
Acidentes
O acidente de ontem ocorreu por volta das 16h30. Testemunhas afirmaram que viram a empilhadeira caindo da balsa em grande velocidade, com Renan Lobato operando. Ele teria ficado preso ao cinto.
Renan é funcionário da empresa LP Port Services, e tem dois filhos pequenos.
Segundo a CDSA, este foi o primeiro acidente fatal da história do chamado “porto organizado de Santana”, que inclui a área da Companhia Docas.
No entanto, ao lado, no antigo porto da Icomi e da Anglo American, 6 trabalhadores perderam a vida quando o porto flutuante da empresa desabou no Rio Amazonas, em 2013.