Justiça manda prefeitura pagar piso de R$ 4,4 mil a professores

Professor do curso de robótica em escola pública de Pedra Branca. Justiça mandou pagar piso e diferenças sobre outros direitos desde 2021
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Por SELES NAFES

A justiça estadual determinou que a prefeitura de Pedra Branca do Amapari, município a 180 km de Macapá, não apenas respeite o piso nacional do magistério, como também pague as diferenças retroativas a partir de 2021. A ação é movida pelo Sindicato dos Servidores em Educação do Estado do Amapá (Sinsepeap).

A decisão foi da juíza Fabiana Oliveira, e a prefeitura ainda poderá recorrer. Para ela, o município não apresentou no processo qualquer impeditivo para cumprir a lei.

O piso era de R$ 950 quando foi estabelecido por lei federal em 2008. Em 2023, era de R$ 4.420,55.

De acordo com o Sinsepeap, a prefeitura vinha desrespeitando a legislação, e lembrou que em 2011 o STF fixou entendimento de que gratificações e outros adicionais não poderiam ser usados para completar ao piso, que precisa ser somente a base da remuneração.

Na decisão, a juíza determinou que as diferenças de salário, férias e 13º sejam pagas de forma corrigida.

“É indiscutível que o piso salarial é direito do profissional da educação, de observância obrigatória. Então, se o servidor está sendo remunerado em valor inferior ao fixado pela lei federal, imperiosa a adequação do vencimento básico a esta”, comentou a magistrada. A prefeitura poderá recorrer ao Tribunal de Justiça.

Seles Nafes
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