10 anos depois, Estádio Glicério Marques é aberto à população

Arquibancada para 1 mil espectadores, pista de atletismo e gramado: povo voltou a frequentar o novo Glicerão
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Por IAGO FONSECA

Um uníssono dos amantes do futebol ecoou mais uma vez no Complexo Poliesportivo Glicério de Souza Marques, após 10 anos sem jogos. Depois de quatro fases de reformas estruturantes, o “Gigante da Favela” foi entregue à população na tarde deste sábado (17), com um jogo inaugural entre o E.C. Macapá e o Oratório.

Com 74 anos completados, o ‘Glicerão’ agora possui nova arquibancada, com capacidade para 1 mil torcedores sentados, pista de atletismo, piscina, quadras poliesportivas e novo gramado.

A maquiadora Gabriela Almeida, de 29 anos foi junto com o noivo Endrew Santos torcer para o azulão, que compete pela 2ª fase do Campeonato Amapaense de Futebol, o Amapazão. Ela conta que a experiência de entrar pela primeira vez no Estádio Municipal foi maravilhosa.

“Tem 10 anos que está fechado, então faz realmente muito tempo que ninguém tem essa oportunidade. Estou muito feliz de estar aqui nesse hoje, com um público maravilhoso”, declara a torcedora.

O estádio, inaugurado em 15 de janeiro de 1950, já foi lugar de grandes competições nacionais e estaduais. Agora com a reestruturação, conta com estruturas para 25 modalidades esportivas nas quadras poliesportivas, futebol de campo com medidas oficiais da Fifa (Federação Internacional de Futebol), pista de skate, esportes marciais e dança de salão.

Furlan deu ponta pé inicial no jogo inaugural. Fotos: Iago Fonseca

O azulão participa da 2ª fase do Amapazão

Arquibancada para 1 mil lugares

Outros espaços incluem vestuário, sala administrativa e um Memorial Esportivo que resgata histórias do esporte local, que será aberto ao público em outro momento.

“A gente fez a nossa história aqui dentro. Quando criança eu pulava aqui o muro para vir assistir jogo. Depois, passei a jogar futebol aqui através do meu pai, que sempre foi esportista. Então, o futebol macapaense agradece, aqui era o xodó de todo mundo”, revela o ex-jogador e ex-treinador Vitor Jaime.

A obra contou com orçamento cerca de R$ 18 milhões frutos de duas emendas parlamentares do senador Davi Alcolumbre (União), que somam pouco mais de R$ 12 milhões, mais a emenda do ex-deputado federal Evandro Milhomem, de R$ 1,95 milhão. A prefeitura entrou com quase R$ 4 milhões dos cofres municipais para conclusão.

Complexo revitalizado e modernizado, mas sem apagar as características arquitetônicas históricas do lugar

Gabriela nunca tinha entrado no Glicerão

“Isso foi um pedido dos ex-atletas do meio futebolístico para que o estádio, com toda a sua tradição de futebol, não morresse. Então a prefeitura enviou esforços, reconstruiu a arquibancada, seguindo o projeto que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros determinaram, e agora tivemos a grata felicidade de ter essa liberação e hoje a gente volta com jogos profissionais”, finaliza o prefeito de Macapá, Dr. Furlan.

“Essa entrega é um marco no esporte de forma geral, mas tem um gostinho mais especial para o futebol, porque é o retorno oficial do futebol aqui nesse gramado, que já um grande palco futbolístico, de grandes jogos do futebol macapaense e nacional”, explica o Bruno Igreja, secretário municipal de Esporte e Lazer.

Dr Furlan…

…e o ex-técnico Vitor Jaime

Outros espaços do complexo

Ainda de acordo com o secretário, há tratativas em andamento para levar mais jogos ao ‘Glicerão’, como jogos da Série D e da Copa Verde.

Quem foi Glicério de Souza Marques?

Convidado pelo então governador do Amapá, Janary Nunes, em 1945, Glicério veio a Macapá implantar o escotismo no estado. Foi inspetor do ensino primário, diretor da Escola de Iniciação Agrícola, da Escola Industrial e presidiu a União dos Escoteiros do Brasil em Macapá, bem como foi diretor da Rádio Difusora de Macapá. Ele faleceu no Natal de 1955.

Seles Nafes
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