Por IAGO FONSECA
O Tribunal do Júri de Macapá julga hoje (27) o caso que envolve a morte do médico Jailson de Amorim Mariano, que foi espancado a pauladas na cabeça em um balneário no interior do Amapá, em 2022. Ele morreu aos 31 anos, após passar seis dias entubado em uma UTI do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCal), antigo local de trabalho da vítima.
Desde às 10h, testemunhas estão sendo ouvidas, com questionamentos da acusação e defesa, sob presidência da juíza Lívia Freitas. O acusado preso, Ernandi Pereira dos Santos, de 25 anos, aguarda em sala reservada para também ser ouvido.
De acordo com o Ministério Público do Amapá, Jailson não tinha envolvimento com a discussão que motivou a briga e foi atingido com uma única paulada que o levou ao chão.
Por isso, a acusação, auxiliada pelos advogados Paulo Eduardo Feio e Renato Néri, pede que Ernandi seja julgado por homicídio qualificado com ênfase no motivo fútil e uso de emboscada. A pena pode ser de 12 a 30 anos.
A previsão é que o veredicto e a sentença devam ser expedidos ainda esta noite.
O crime
Em 24 de julho de 2022, durante uma briga generalizada na comunidade de Lontra da Pedreira, zona rural da capital, Jailson foi agredido com uma paulada na cabeça. Ele morreu em 30 de julho, no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL) com traumatismo craniano.
Ernandi Pereira dos Santos foi preso em setembro do mesmo ano e permanece sob custódia do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá.
O médico atendia nas UBSs Marcelo Cândia, Marabaixo, perpétuo Socorro, UPA do Novo Horizonte, HCAL e no Centro Covid da zona sul.