Da REDAÇÃO
Um grupo de detentos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá foi descoberto aplicando o golpe da falsa venda de veículos no estado do Mato Grosso do Sul com perfil fake de autoridade policial do Amazonas.
Quatro pessoas envolvidas no esquema foram presas no Amapá, onde também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (15), simultaneamente em três cidades amapaenses: Laranjal do Jari, Santana e na capital, Macapá.
A ação foi chamada de Operação Loki. A investigação se deu de forma integrada entre as Polícias Civis do Amazonas e do Amapá – por meio da Coordenadoria Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (CECCOR) com apoio da Polícia Penal amapaense.
As quatro prisões preventivas foram de indivíduos que já cumprindo pena no Iapen. Segundo o delegado Rondon, titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos do Estado do Amazonas, a investigação da prática de estelionato começou no ano passado e identificou mais de 11 vítimas no estado do Mato Grosso do Sul.
“Um perfil ‘fake’ nas redes sociais comercializava veículos utilizando a imagem do delegado-geral adjunto do estado do Amazonas. Começamos a investigação pelo crime de falsa identidade, que culminou em estelionato virtual após localizarmos as vítimas. Identificamos que boa parte das pessoas que estavam praticando o estelionato estavam cumprindo pena no sistema penitenciário do Amapá. Representamos pelos mandados de prisão dos investigados e de busca e apreensão em mais 13 endereços diferentes, de suspeitos de participarem do crime, tendo, muitos deles, recebido dinheiro, via PIX, oriundo deste crime”, explicou o delegado.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, em Laranjal do Jari, uma pessoa, que estava com drogas e um simulacro de arma de arma de fogo, foi presa em flagrante.
Os quatro indivíduos, de 22, 23, 24 e 30 anos de idade, que tiveram os respectivos mandados de prisões cumpridos, estão cumprindo pena no Iapen por estupro de vulnerável e, agora, passam a responder por estelionato.
Participaram da Operação Loki policiais da DECCP, da CORE, da DECIPE, da DRACO, da DR-CCIBER, 7ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, 1ª Delegacia de Laranjal do Jari, Delegacia de Pracuúba, e da Delegacia de Crimes Cibernéticos e do Departamento de Inteligência da Polícia Judiciária (DIPJ/AM) do Amazonas.