Diagro encontra carne clandestina escondida em açougue desativado

Fiscalização ocorreu no Bairro Paraíso, no município a 17 km de Macapá. Produto seria transportado para o Pará.
Compartilhamentos

Por JONHWENE SILVA

Uma denúncia anônima levou fiscais da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) e policiais civis da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) a descobrir e apreender uma grande quantidade de carne bovina irregular e procedência clandestina.

O caso ocorreu no município de Santana, a 17 km de Macapá, na manhã desta terça-feira (20), quando os agentes do estado chegaram a um galpão localizado no Bairro Paraíso, onde funcionava um antigo açougue – atualmente desativado.

Lá, encontraram dezenas de sacos com carne bovina, amontoados, dentro de uma câmara frigorífica, que não resfriava à temperatura recomendada pelos padrões sanitários que garantem segurança alimentar.

“Foram constatadas as condições inadequadas de todo esse produto de origem animal que estava sendo acondicionada neste estabelecimento, que não oferece condições mínimas sanitárias. Solicitamos a documentação, inclusive as sanitárias e de transporte, e não foram apresentadas”, disse Odonei Almeida, fiscal e médico veterinário da Diagro.

Além disso, a fiscalização constatou que havia cortes de carne proibidos de serem comercializadas para consumo humano – como certos órgãos do animal, a exemplo do pênis. Essas carnes, explicou o veterinário da Diagro, devem ser descartadas ainda no abatedouro.

Carne estava em sacos amontoados, dentro de uma câmara frigorífica, que não resfriava à temperatura recomendada pelos padrões sanitários

Odonei Almeida confirmou que há a suspeita de que essas partes poderiam estar sendo vendidas a açougues locais, onde seriam trituradas e virariam carne moída (picadinho) e toscanas. De acordo com a polícia, o carregamento apreendido hoje seria enviado ao estado do Pará.

“Aparentemente, parte do produto está impróprio para o consumo humano. Todos os produtos, ao sair do seu local de abate, precisa do seu registro e guias de liberação. Neste caso, do Ministério da Agricultura. O proprietário admitiu que não cumpriu as etapas necessárias”, afirmou Odonei Almeida.

Segundos os fiscais da Diagro, o proprietário também admitiu que o produto foi retirado do local de abate sem documentação.

Inicialmente, o local foi interditado e a carne está sendo analisada pela Polícia Científica. O destino mais provável agora é que seja triturada para virar alimento de animais.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!