Por SELES NAFES
Dois acusados de aplicarem o golpe do “Bença Mãe” foram presos por policiais do estado de Goiás por ordem da justiça do Amapá. Eles são investigados pela Polícia Civil em pelo menos sete inquéritos em Macapá.
Os casos são apurados pela 9ª DP, e foram caracterizados como crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e fraude eletrônica. De acordo com as apurações, os dois golpistas sondavam os perfis das vítimas nas redes sociais e conseguiam identificar nomes de filhos e filhas.
Com essas informações, eles usavam os nomes e fotos desses filhos em perfis do WhatsApp e Facebook, e enviavam mensagens aos pais deles pedindo dinheiro.
“O pai ou a mãe não tinham muita atenção e faziam as transferências pensando que se tratava do número provisório do filho ou da filha”, explica o delegado Nixon Kennedy, que coordena as investigações.
Apesar dos golpistas usarem o wi-fi de lugares públicos para dificultar o rastreamento dos IPs, a Polícia Civil do Amapá conseguiu identificar a casa de um deles onde havia a maior incidência de acessos.
Os criminosos tinham contas bancárias eletrônicas como o Pic Pay, para onde as vítimas faziam as transferências.
“O sigilo telefônico foi afastado e identificamos mensagens disparadas para muitos números de celulares de assimétricos, ou seja, de pessoas que eles não salvavam nas agendas porque não eram de fato parentes. Essa é uma das características de quem faz fraude eletrônica”, revela o delegado.
Os criminosos também costumam fazer um grande número de interações com possíveis vítimas, e um percentual delas acaba caindo nos golpes.
Os criminosos são naturais do Maranhão, mas estava morando em Caldas Novas (GO), onde ostentavam um padrão de vida proporcionado pelos golpes que aplicavam em Macapá. Hoje, policiais do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Goiás encontraram os criminosos.
O delegado Nixon Kennedy informou que pedirá à justiça de Goiás o recambiamento dos presos para Macapá, onde responderão pelos crimes.