Por JONHWENE SILVA, de Santana
A madrugada deste terça-feira (13) foi marcada por momentos de angústia para um casal que reside no Bairro Hospitalidade, no município de Santana, a 17 km de Macapá. João Favacho e Juliana Costa têm um filho com poucos meses de nascimento e acordaram com água das chuvas invadindo a casa ondem moram. Eles temem que a chuva volte durante a noite e os deixem desabrigados.
A forte chuva que durou mais de cinco horas ininterruptas trouxe casos de alagamentos nos Bairros Fonte Nova, Hospitalidade, Remédios I e II. Mesmo com as ações de limpeza que a Defesa Civil realiza preventivamente desde o início de janeiro, pontos recorrentes tiveram novamente problemas com água.
João Favacho, que reside na Rua Poeta Machado de Assis, conta que foi surpreendido durante a madrugada, quando ouviu a forte chuva se intensificar. Pai de um bebê, imediatamente, começou a levantar móveis dentro de casa. A maior preocupação era que a água chegasse até a cama onde a criança dormia junto com a mãe.
“A nossa preocupação é com o nosso bebê. Eu, literalmente, fui acordado com a água entrando. A parte onde a gente mora é uma espécie de quitinete que fica nos fundos casa. Eu comecei logo a subir alguns móveis e me preparei se a água chegasse na cama. Graças da Deus não chegou e agora a gente tem medo que a chuva volte mais forte na madrugada”, relatou.
De acordo com informações do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden), nas últimas 12h choveu o previsto para cerca de uma semana. Os pluviômetros automáticos registaram a incidência de mais de 100mm de chuva. Apesar da situação preocupante, não há registros de desabrigados em virtude dos alagamentos, mas deixou em estado de alerta as autoridades municipais.
“Decidimos criar um comitê de crise e contingenciamento para a situação das chuvas. Sabemos que esse tipo de acontecimento ocorreu em virtude da forte chuva, aliada a alta da maré, provoca transtorno em alguns bairros. Imediatamente, acionamos nossas equipes de Defesa Civil, de Assistência Social, para auxiliar as famílias atingidas”, destacou o prefeito Bala Rocha.
O comitê de crise segue monitorando a tábua da maré do Rio Amazonas. A secretária de Assistência Social, Liliane Souza, afirmou que esteve nos locais onde há relatos de alagamentos e cadastrou famílias que poderão necessitar de ajuda. Elas foram orientadas a deixar os imóveis em caso de repetição dos alagamentos.
“Estamos orientando essas famílias atingidas, verificando as necessidades e a real situação de cada uma delas. Deixamos um número de contato para possíveis emergências”, enfatizou.
A Defesa Civil municipal disponibilizou o número (96) 99102-5331 para casos de emergência.