Por IAGO FONSECA
Agentes da segurança pública participam nesta semana de capacitação para atender, de forma mais humanizada, crianças, adolescentes e demais grupos em vulnerabilidade social durante ocorrências e em projetos sociais.
Até a sexta-feira (23), quarenta servidores e instrutores da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica e Secretaria de Segurança Pública do Amapá recebem orientações sobre como abordar as pessoas em vulnerabilidade de forma mais acolhedora e inclusiva.
“Essa semana é muito importante para nós que atuamos nos projetos sociais para que a gente possa trabalhar com esse público que já foi muito descriminalizado, trabalhar essa inclusão e para que não ocorra novamente essa desigualdade na nossa sociedade, para que esses alunos tenham também essa oportunidade de estar nos projetos sociais, não só da Polícia Militar, como também de todos os órgãos da segurança pública”, declarou o sargento Moacir Borges, da diretoria de ação social e cidadania da Polícia Militar.
Entre os projetos sociais da corporação, estão Cidadão Mirim, Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), Campeões do Amanhã, Artes Marciais e Peixinhos Voadores.
A capacitação é vista como um marco pelo capitão Emerson Marques, coordenador geral de projetos sociais do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá.
“Quando a gente ingressa para ser bombeiro, como soldado, não tem um curso, uma instrução para trabalhar com crianças, com jovens e adolescentes. Então, agora essa capacitação é extremamente importante, porque a gente vai querer tirar dúvidas sobre como coordenar um jovem, como lidar com uma criança”, explicou o capitão.
Para este ano, o CBM terá os projetos sociais Sonar da Torre e Bombeiro Cidadão que atenderão até 180 jovens em áreas de vulnerabilidade, como o habitacional Macapaba.
A iniciativa faz parte o Protocolo de Atendimento Humanizado na Segurança Pública, lançado em 2023 pelo governo do Amapá. A proposta é garantir mais dignidade e respeito ao cidadão de grupos sociais vulneráveis que buscam os órgãos de defesa do estado.
“Os próprios instrutores, professores dos projetos, procuraram a nossa coordenação de segurança comunitária, pedindo esse curso. Nós imediatamente procuramos instrutores, para que consigam dar esse conhecimento e que a gente possa atender ainda melhor as nossas crianças e adolescentes dos nossos projetos sociais, para não deixar eles sejam cooptados pelo crime organizado”, reforçou Marko Scaliso, secretário-adjunto de Segurança Pública do Amapá.
A Coordenadoria de Segurança Comunitária da Sejusp foi questionada sobre a quantidade de crianças, adolescentes e portadores de necessidades especiais atendidas pelos projetos sociais realizados pelas forças de segurança, bem como os casos mais comuns de situações de vulnerabilidade encontradas pelos agentes. Entretanto, até o fechamento da reportagem não houve retorno.