4 anos depois, Unifap ainda tenta ‘ligar’ usina fotovoltaica

Sistema foi planejado para fornecer energia para todo o campus Marco Zero, em Macapá.
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Por ANITA FLEXA

Após quatro anos de obras e duas licitações de espera, finalmente a Usina Fotovoltaica localizada no campus Marco Zero, da Universidade Federal do Amapá vai começar a operar. A obra teve investimento de R$ 3 milhões, aproximadamente, recursos do Ministério da Educação (MEC).

Os 1.680 módulos fotovoltaicos que convertem a luz solar em eletricidade foram instalados pela empresa OWNERGY ao lado à pista de atletismo da Unifap do campus Marco Zero.

Os 554 kWp (quilowatt pico) que o sistema on-grid (ligado à rede de distribuição) vai gerar representam em torno de 17 a 20% do consumo mensal do campus, de acordo com o João Ricardo Brito Pinheiro, engenheiro eletricista da prefeitura do Marco Zero do Equador. Segundo ele, a previsão é que o sistema entre em operação em maio deste ano.

Pinheiro explicou ao Portal SelesNafes.com os entraves que atrasaram o início do funcionamento da estação. Conforme o engenheiro, o projeto inicial previa duas etapas de implantação, mas apenas a primeira fase foi concluída em janeiro de 2021. Já segunda fase, prevista para o mesmo ano, teve que ser interrompida e cancelada por problemas no contrato e licitação.

João Ricardo Brito Pinheiro, engenheiro eletricista da oprefeitura do campus. Fotos: Anita Flexa

“A segunda empresa, contratada para a segunda etapa, que envolvia mais de 2.500 módulos, pediu um reajuste na cotação de valores do contrato, alegando que por conta da pandemia da covid-19 os valores das placas subiram. Essa nova cotação ultrapassava o valor dos recursos para a segunda etapa, por isso, acabamos interrompendo e encerrando o contrato. Agora contamos apenas com uma única estação com os 1.680 módulos”, explicou o engenheiro.

Mas para poder funcionar adequadamente, a Usina Fotovoltaica precisaria de uma subestação que transformasse a energia produzida em média tensão para poder ser injetada na rede de distribuição. Assim, uma subestação começou a ser construída em janeiro de 2023 e teve sua obra finalizada em janeiro deste ano para, enfim, distribuir o produtor para todo o campus.

Sistema é on-grid, conectado à rede de distribuição

“Agora está tudo pronto para a distribuição da energia, todos os equipamentos estão instalados e a única coisa que falta é literalmente girar a chave para que comece a funcionar. Estamos aguardando apenas aprovação do nosso projeto pela CEA Equatorial que deram uma previsão de pelo menos 60 dias. Assim os alunos vão poder fazer pesquisa, manutenção, leitura de dados, artigos científicos, tudo isso daí vai estar à disposição do colegiado fazer a produção que precisar”, concluiu João Ricardo.

Levando em conta que o tempo de vida útil de uma placa solar é, em média, de 25 a 30 anos, em 4 anos – tempo aproximado que a usina da Unifap levou para entrar em funcionamento –, os módulos ao lado da pista de atletismo podem ter ‘perdido’ em torno de 13, 33 a 16% de sua vida útil.

Seles Nafes
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