Por OLHO DE BOTO
Policiais civis do Núcleo de Capturas do Amapá prenderam, nesta sexta-feira (19), um empresário acusado de participar de um esquema que emitia notas fiscais frias para desviar a verba indenizatória da Câmara Municipal de Macapá. O recurso era do gabinete do então vereador Yuri Pelaes (MDB), que é citado na investigação como o principal beneficiário.
O empresário foi preso na Avenida FAB com a Rua Paraná, no Bairro Santa Rita. De acordo com o inquérito do Ministério Público, entre junho de 2017 e janeiro de 2018, Yuri Peales foi ressarcido em R$ 47,8 mil graças a notas fiscais emitidas pela empresa RR Quaresma, sem que houvesse a real prestação de serviço. Em 2019, quando o inquérito foi aberto, o valor foi atualizado em R$ 63,8 mil.
Além do ex-vereador, são citados no inquérito os empresários:
Rafhael Rocha Quaresma (dono da empresa). Ele fez um acordo de delação premiada para ampliar as provas.
Alexander Bruno Matos dos Santos (empresário preso. Ele teria intermediado o acordo para emissão)
Funcionária pública Maria Zinete Paiva Vilhena (que teria atestado fraudulentamente a compra de materiais de expediente).
Outros inquéritos apuram a utilização de notas fiscais frias na Câmara Municipal. Ex-parlamentares foram alvos de busca e apreensão em operações passadas. Cada vereador de Macapá tem direito a R$ 20 mil mensais de verba indenizatória.
O MP pediu a prisão do empresário Alexander Santos porque ele não estava sendo encontrado para ser intimado nas etapas do processo, ou seja, estava com paradeiro desconhecido.
Os crimes investigados são de falsidade ideológica, organização criminosa e peculato. O processo corre na 4ª Vara Criminal de Macapá.