Esposa de empresário se apresenta, fala em ciúmes e ‘acidente’

Em depoimento, Renata Tourinho alegou transtorno mental, histórico de agressões e consumo de álcool excessivo
Compartilhamentos

Por OLHO DE BOTO

A esposa do empresário Uanderson Almeida Richene, de 42 anos, se apresentou à Polícia Civil na manhã deste sábado (13), cerca de 24h depois da morte dele. Em depoimento, ela alegou transtorno mental, brigas violentas motivadas por ciúmes e um “acidente” durante uma suposta tentativa de suicídio.

A polícia não divulgou o nome dela, mas o Portal SN apurou que se trata de Renata Tourinho. Ela era casada com o empresário havia 22 anos. Considerada suspeita pela polícia, ela estava sendo procurada desde a madrugada de ontem (12), quando um tiro matou o empresário na residência do casal, no Bairro Marabaixo IV, na zona oeste de Macapá.

Hoje, Renata se apresentou acompanhada de um advogado e prestou depoimento. No relato ao delegado Leonardo Leite, da Delegacia de Homicídios, ela afirmou que sofria agressões do marido, especialmente motivadas por ciúmes e consumo excessivo de álcool. Havia uma medida protetiva contra Uanderson, que ela pediu a anulação no ano passado.

“Falou sobre violência doméstica, confirmada pelos filhos, relacionamento com discussões, ameaças e agressões físicas motivadas por ciúmes da vítima e, principalmente, pela ingestão de bebida alcoólica”, explicou Leite.

Ansiedade e suicídio

Ela também alegou possuir um quadro de doenças psiquiátricas como depressão e ansiedade, supostamente causadas pelo relacionamento conturbado. A esposa também revelou ter pensado em cometer suicídio algumas vezes.

Casal estava junto havia 22 anos

Uanderson, que tinha registro de CAC, morreu com um tiro da própria pistola

Na madrugada do crime, segundo a versão apresentada por ela, houve uma discussão e Renata teria pegado a pistola de Uanderson (que era CAC) para tirar a própria vida. Ele teria tentado desarmá-la.

“Quando pegou a pistola a vítima partiu para cima dela. Nesse momento não soube explicar, afirmando que foi muito rápido, acabou disparando uma vez e atingindo a vítima. A investigada disse que não sabia manusear arma de fogo e nem atirar”, relatou o delegado.

Renata Tourinho levou a polícia até o carro usado por ela na fuga após o homicídio, e mostrou que a pistola do crime estava guardada debaixo do banco do passageiro.

Ontem à noite, o delegado chegou a pedir a prisão preventiva da esposa, mas a justiça negou. Depois do depoimento, ela foi liberada para responder ao inquérito em liberdade.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!