Por IAGO FONSECA
Conscientizar e fortalecer a luta pelos direitos das pessoas autistas são as motivações que deixaram o Palácio do Setentrião, no Centro de Macapá, pequeno para receber pais, filhos e adultos autistas durante a solenidade “Luz Azul”, onde todos os prédios públicos na Avenida Fab foram iluminados pela cor na noite da segunda-feira (1°).
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado em 2 de abril, por isso, a ação simbólica entre as instituições públicas, promovida pelo Governo do Amapá, busca dar destaque e incentivar o debate pelos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Estado durante todo o mês.
Natasha Dias acompanhou a filha Maitê durante a programação especial. A mãe destacou que a luta pelo reconhecimento da causa em prol das pessoas autistas é diária.
“Costumo dizer que é um trabalho invisível que amanhã a gente vai ter nas famílias ativas, então conscientizar, informar e fazer com que as pessoas saibam da nossa causa, como é a nossa vida, é muito importante. Todos os dias lutamos”, reforçou Natasha.
Durante a solenidade, ocorreram apresentações de alunos do Centro Mundo Azul, do coral da Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Amapá (AMA) e da Banda do Centro Educacional Raimundo Nonato Dias Rodrigues.
A servidora pública Danielle Moraes é mãe de Davi, que dançou para o público presente no palácio do governo. Ela afirmou que o momento dá credibilidade para a causa.
“Para nós, mães, profissionais que estão inseridas na causa diretamente, é muito importante para que nós tenhamos voz”, completou Danielle.
O ato simbólico de iluminar os prédios da administração pública foi visto pelo governador do Amapá, Clécio Luís (SD), como um lembrete das dificuldades enfrentadas no atendimento e diagnóstico do TEA em crianças, jovens e adultos.
“Esse é um tipo de enfrentamento que a gente vai fazer para o estado inteiro, temos pouco funcionário dessa área, mas estamos fazendo um esforço para conseguir fazer o maior número possível de diagnósticos, porque aí sim vamos poder agir no acompanhamento, nas terapias, em tudo que o autista precisa para se integrar mais nas comunidades”, concluiu o governante.