Da REDAÇÃO
O Amapá está bem próximo de reativar a exploração de ferro após quase 10 anos. A DEV Mineração assumiu todo o passivo e direitos da Zamin e da Anglo, e agora aguarda licenciamentos do Estado para iniciar operações que fazem parte de um pacote de US$ 320 milhões. Os planos incluem a reativação da mineração, recuperação do antigo Porto da Icomi e até da Estrada de Ferro do Amapá (EFA).
O Projeto Ferro Amapá vai concentrar a mineração em Pedra Branca do Amapari, cidade a 180 km de Macapá, na mesma jazida que já pertenceu à MMX, antes de passar para o controle da Anglo e da Zamin.
A DEV acredita que a mina possui um estoque para produzir 6 milhões de toneladas anuais durante 16 anos. Testes indicaram que o minério (usado na produção de aço) é considerado “de alta qualidade com baixo teor de contaminantes”.
A previsão é de gerar 1,1 mil empregos diretos e 2,2 mil indiretos, por meio de parcerias com prestadoras de serviços e movimento de cadeias econômicas.
Estrada de ferro e porto
A estrada de ferro que liga Serra do Navio a Santana ao longo de 190 km, está desativada desde o fechamento da Zamin, em 2014. A reativação da mina e da ferrovia vai consumir US$ 320 milhões em dois anos.
O antigo Porto da Icomi também está desativado desde 2014, após o tombamento da estrutura construída pelo Grupo Caemi na década de 1950. O acidente deixou três funcionários da Anglo mortos. Uma perícia constatou que o afundamento de terra, falta de manutenção e o processo de erosão causaram o acidente.
Segundo a empresa, os pedidos de reativação das licenças ambientais da mina e da ferrovia foram entregues ontem (11) à Secretaria de Meio Ambiente do Amapá (Sema), junto com os documentos que embasam os estudos de impacto ambiental. A expectativa é de que as licenças sejam emitidas nos próximos meses.
“Vamos reativar toda a operação respeitando todas necessidades ambientais e sociais”, garante a diretora-geral das operações da DEV, Raquel Dalseco.