Após cheia do Rio Oiapoque contaminar água de poços, indígenas recebem ajuda

Kits de alimentos e água serão distribuídos na quinta-feira (16) para três aldeias.
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Por IAGO FONSECA

Famílias indígenas afetadas pela cheia do Rio Oiapoque, no extremo norte do Amapá, receberão cerca de 50 cestas básicas e 250 litros de água mineral nesta quinta-feira (16). Após intensas chuvas no município, a 590 km de Macapá, poços e fossas sanitárias foram cobertos pela água, que ficou contaminada.

Três aldeias com 43 famílias ficaram ilhadas pelo acúmulo de água. A inundação afetou as aldeias Uahá, Marripá e Kuai Kuai, nas Terras Indígenas de Juminá e Galibi, na fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa.

A primeira leva dos kits de alimentos com arroz, feijão, açúcar, café, leite e farinhas de milho, aveia e trigo foram enviados até Oiapoque nesta quarta-feira pelas Secretarias dos Povos Indígenas e da Assistência Social. De acordo com a Defesa Civil, nenhuma família precisou ser remanejada e o nível do rio Oiapoque já está retornando à normalidade.

Poços e fossas sanitárias foram cobertos pela água, que ficou contaminada. Foto: Divulgação/Sepi

“Na quarta-feira passada (8) recebemos imagens, via grupos de mensagens das aldeias, da parte da frente totalmente inundada. Não chegou a cobrir os pisos das casa, mas afetou bastante. São aldeias localizadas em áreas de ilhas, dentro de campos alagados e com a forte chuva o rio Oiapoque foi afetado e prejudicou a terra indígena. Enviamos a Defesa Civil até lá que constatou a necessidade do auxílio”, explicou a secretária dos Povos Indígenas, Sônia Jean-Jacque.

A secretária explica que apesar dos kits de alimentos chegarem ainda nesta quarta-feira em Oiapoque o acesso às aldeias é limitado e, por isso, só serão encaminhados às famílias na manhã do dia seguinte.

Secretária dos Povos Indígenas, Sônia Jean-Jacque

“Chegaremos lá na sede da Funai e com o auxílio deles o Governo do Estado irá fazer as entregas. São aldeias que ficam geograficamente em lugares diferentes, uma dentro da terra indígena Galibi e outras duas na dentro da terra indígena Juminá, então tem toda uma logística geográfica e não teria como entregar todas hoje”, reforça a secretária Sônia.

As aldeias também são beneficiadas pelas cestas básicas destinadas aos afetados pela crise da mandioca. De acordo com a secretaria da Assistência Social, um kit de alimentos é o suficiente para alimentar uma família de cinco pessoas por um mês. A Defesa Civil acompanha o nível do rio Oiapoque para avaliar a necessidade de envio de mais cestas.

Seles Nafes
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