Por SELES NAFES
Um projeto antigo, que já passou por várias gestões, foi retomado recentemente pela atual diretora da Rádio Difusora de Macapá, a jornalista Ana Girlene: transformar a emissora numa FM, o que amplificaria a audiência da programação.
Desde que foi criada, em 1946 (três anos depois da criação do Território Federal), a RDM é uma emissora estatal de perfil educacional, comunitário e cultural, com forte apelo de prestação de serviços e muito ouvida no interior do Amapá e regiões ribeirinhas. Contudo, a transmissão é AM (Amplitude Modulada).
A AM foi a frequência que popularizou o rádio no Brasil, por se tratar de uma onda financeiramente mais viável, e ao mesmo tempo capaz de atingir mais aparelhos. Para se ter ideia, a Rádio Difusora, quando está funcionando em potência máxima, é ouvida em municípios na costa do estado do Pará.
Os pilotos da aviação civil também costumam relatar que usam a frequência 630 AM como estrada no céu até o Aeroporto Internacional de Macapá.
Ao passar a transmitir também em FM, a emissora quer ganhar em qualidade de som e escalar ao patamar das rádios mais comerciais, que possuem maior audiência na capital e nos demais municípios. Ao mexer nesse processo, a diretora descobriu que a tarefa não seria tão simples, porém, viável.
“Quando retomamos o projeto de buscar um canal FM para a Rádio Difusora, descobrimos que o processo de outorga nunca foi feito. Ou seja, a Radiobras nunca passou de ‘direito’ o sinal da Rádio Difusora para a própria Difusora, que continua vinculada à Empresa Brasileira de Comunicação”, explica a diretora.
Para retomar essa articulação, no entanto, foi necessário regularizar o passivo da Difusora, repleto de alvarás e impostos em atraso.
“Renegociamos essa dívida. Hoje está 99% pronto. Vamos mandar um requerimento que é o último passo para o processo voltar a andar”, revela a jornalista.
A expectativa é de que até o fim deste ano a Rádio Difusora esteja com o sinal de FM.