Por SELES NAFES
Pacientes, ex-pacientes e familiares divulgaram vídeos, nesta sexta-feira (24), manifestando apoio ao Centro Terapêutico Maranata, alvo de uma ação do Ministério Público do Amapá, baseado em duas denúncias de dependentes químicos que alegam terem sido vítimas de maus-tratos e ofensa à liberdade religiosa.
A direção da Maranata, criada há cerca de oito anos, nega as acusações, e tem recebido a solidariedade de familiares e ex-pacientes em recuperação.
Ozinete de Oliveira Aguiar, mãe de um paciente, lembrou no depoimento que os dependentes químicos, em crise de abstinência, criam histórias para convencer as famílias a deixar a internação compulsória e voltar para suas casas.
“No começo, ele me dizia que era maltratado. Nunca vi marca nenhuma nele, que sempre dizia que queria sair. Eu caia na conversa dele, tirava do centro, e ele caia de novo nas drogas. Na verdade, meu filho nunca foi maltratado lá nesses dois anos. Lá tem o momento de oração, de lazer…”, disse ela.
O ex-paciente Reginaldo da Silva Amaral agradeceu ao tratamento e empenho da equipe do centro durante um ano de internação.
“O trabalho é sério, deu certo e funciona”, resumiu.
“Hoje meu irmão não tá bebendo, é um servo de Deus. A alimentação, o conforto e o atendimento foi excelente, principalmente dos funcionários. Vimos como é o quarto, a cozinha, a alimentação. Agradeço por esses três meses”, acrescentou Edifran Moreira, irmão de ex-paciente.
O Ministério Público do Amapá ajuizou um mandado de segurança pedindo o fechamento do centro, mas o processo ainda não foi julgado. A direção da Maranata aguarda notificação para se manifestar no processo.