Por SELES NAFES
O acusado de matar a servidora da Telebrás e irmã da prefeitura de Pedra Branca do Amapari, município a 187 km de Macapá, teve a prisão preventiva decretada pela justiça do Distrito Federal. A decisão foi publicada apenas ontem (27), após audiência de custódia realizada ainda no domingo, que revelou mais um elemento que aumentou o drama do crime.
A audiência foi realizada mesmo na ausência do acusado, que está internado no Hospital de Base após tentar cometer suicídio. Ele não corre risco de morte. O juiz que conduziu a audiência de Janilson Quadros de Almeida, de 37 anos, avaliou que a liberdade dele gera riscos de novos delitos.
Janilson é acusado de matar a esposa, Daniella Pelaes, com quem passou quatro anos casado e estava se separando. Em março, ela registrou um boletim de ocorrência contra ele por ameaça e recebeu uma medida protetiva. No entanto, ela foi revogada a pedido da própria vítima que foi convencida por Janilson, após ele alegar que estava em tratamento psicológico, e que não queria perder o contato com o filho deles, de três anos.
Na audiência que analisou a acusação de feminício no contexto da violência doméstica e familiar, o Ministério Público opinou pela manutenção da prisão, e a defesa pediu a liberdade sem o pagamento de fiança.
Na decisão, o juiz entendeu que existem indícios de autoria e materialidade do crime, e citou que o registro da portaria do condomínio onde o crime aconteceu, no Jardim Botânico (Brasília), registrou que a entrada dele foi autorizada no início da manhã do sábado.
Além disso, o filho do casal teria presenciado o crime.
“Consta registro de entrada autorizada do autuado no Condomínio Amobb em 25/05/2024 às 05h:15:04, o que também é atestado pelas mídias que revelam imagens do veículo, o que corrobora para os indícios suficientes de autoria delituosa, inclusive presenciada pelo filho da vítima”, disse o julgador.
Daniella Pelaes foi sepultada ontem em Macapá, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição.