Por RODRIGO DIAS
O céu da orla da capital amapaense tem ganhado um colorido nostálgico, principalmente nos fins de semana. São as pipas ou rabiolas, que junto com a garotada, tomam conta do entorno da Fortaleza de São José de Macapá.
Mas, em meio ao lazer há riscos. Além disso, algumas crianças e adolescentes utilizam a perigosa linha chilena ou com cerol [produto feito à base de pó de vidro]; outras se arriscam para pegar as pipas que são “cortadas” durante os “laços”.
Seja de bicicleta ou correndo descalços, esses jovens disputam os brinquedos em meio aos carros na movimentada Rua Cândido Mendes. Motoristas são forçados a buzinar e frear bruscamente, pois os eufóricos garotos só têm olhos para o que vem de cima, sem um local certo para cair.
Quando não há confusão por causa das pipas, surge outro problema: elas caem na fiação elétrica. Os garotos utilizam vários acessórios para tentar pegar o brinquedo, sem se importar, por exemplo, com um eventual choque elétrico de alta tensão.
“Se a gente vem com pai ou responsável? Não, tio, a gente vem de galera pra cá. A graça é correr atrás e não dar em nada correr no meio dos carros, eles estão nos vendo. Tô te falando”, disse um menino aparentando ter entre 10 e 13 anos, rindo e esnobando – inocentemente.
E o perigo não é só para os garotos. No local, há muitos trabalhadores, pedestres, ciclistas, condutores e famílias.
“Aí, a gente bate uma ‘peste’ dessas, ainda somos culpados”, reclamou um motoqueiro.
Paralelamente a isso, existem pessoas que vão para o local curtir o espaço e empinar pipas de forma segura. Durante o flagrante no domingo (5), não foi avistada a fiscalização no espaço.