Professor de inglês acusado de abusar de 10 meninas é preso

O acusado de 39 anos atuava em duas escolas. Polícia acreditava que podem existir mais vítimas
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Por SELES NAFES

Um professor de inglês que lecionava em duas escolas de Macapá foi preso, na tarde desta sexta-feira (10), pela Polícia Civil do Amapá. Ele é acusado de abusar sexualmente de alunas, todas crianças. Na delegacia, ele admitiu o comportamento, mas disse considerar que se tratavam apenas de ‘gestos de carinho’.  

O acusado, de 39 anos, passou a ser investigado depois que alunas da escola pública onde ele atuava procuraram a coordenação para denunciar os supostos carinhos.

“Era a conduta dele em sala de aula. Ele explicava o assunto para quem pedia auxílio, colocava as meninas no colo, pedia abraços, beijos, passava as mãos nas partes íntimas, nádegas”, explicou ao Portal SN a delegada de Repressão a Crimes contra a Criança e Adolescente (Dercca), Cássia Costa Melo.

Inicialmente, a polícia começou a investigar os casos isoladamente, na medida em que as crianças e os pais registravam boletins de ocorrência.

“Mas fizemos o link e vimos que se tratava da mesma pessoa. Num dos inquéritos tínhamos 9 meninas e em outro inquérito uma. Todas alunas do 5º ao 6º ano na escola pública. Ele também atuava numa escola privada, onde a vítima foi uma menina de 10 anos”, informou a delegada.

Na escola pública, que não teve o nome divulgado, a coordenação decidiu afastar e devolver o professor para a Secretaria de Educação do Estado (Seed). A delegada disse não saber se ele já foi desligado da escola particular de idiomas, que também não teve o nome informado.

A pedido da Dercca, a justiça decretou a prisão preventiva dele, que foi cumprida em uma rua. Durante o interrogatório, o professor de inglês admitiu que apalpava as crianças, mas alegou que não via nada demais nesse tipo de comportamento, por achar que se tratava apenas de “carinho”.

Os dois inquéritos foram concluídos e enviados para o Ministério Público, mas novos poderão ser abertos.

“Conseguimos reunir muito rapidamente 10 meninas, mas podem existir outras vítimas que a gente não sabe”, pondera Cássia Melo.

 

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