Site confirma interesse de montadora chinesa de carros no Amapá

Governador dialogou com empresários chineses sobre o empreendimento de grande porte.
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Da REDAÇÃO

A gigante montadora chinesa GAC Motor, uma das líderes globais na fabricação de automóveis e peças, está a um passo de entrar no mercado brasileiro e pode ser ‘via Amapá’.

Isso porque após conversa com o governador Clécio Luís, a multinacional passou a considerar o Amapá como um possível local para estabelecer, estrategicamente, uma fábrica de automóveis no Brasil, segundo matéria publicada nesta sexta (3) pelo Estadão.

Em março, o governante amapaense recebeu um grupo de executivos da empresa em Macapá. A ‘pegada’ do compromisso ambiental – visto que o Amapá é um dos estados mais preservados do país – tem bastante apelo.

A empresa discute não apenas a exportação de veículos da China para o Brasil, mas também a produção local, em linha com a crescente demanda por carros elétricos.

A GAC está agora posicionada para competir no mercado consumidor brasileiro, juntando-se a outras montadoras chinesas como a BYD e a GWM, que estão ganhando destaque em vendas no país e avançando em iniciativas de produção local.

Inicialmente, planeja exportar veículos da China para o Brasil, enquanto discute questões tributárias para garantir sua entrada no mercado. No entanto, a possibilidade de produção local não está descartada, como evidenciado por discussões com autoridades no Amapá sobre a instalação de uma fábrica de automóveis no estado.

A escolha do Amapá para possível produção local também reflete um compromisso ambiental, alinhado à agenda global de transição climática. Embora o foco inicial possa não ser exclusivamente em veículos eletrificados, a GAC tem investido consideravelmente na produção de automóveis elétricos na China, superando seus concorrentes em termos de velocidade.

Em março, o governante amapaense recebeu um grupo de executivos da empresa em Macapá

Com presença em 39 países e uma sólida estratégia de internacionalização, a GAC já está estabelecida em outros mercados latino-americanos, como Chile e México. Enquanto isso, a expansão das montadoras chinesas para o Brasil coincide com uma diminuição da demanda na Europa, onde investigações sobre subsídios chineses aos carros elétricos podem resultar em tarifas.

Em resposta a esse cenário, o governo brasileiro recentemente reintroduziu o Imposto de Importação sobre veículos elétricos e híbridos, incentivando as montadoras a estabelecerem fábricas no país. Com o avanço de projetos de montagem local, espera-se que novas tecnologias, como veículos elétricos, se tornem mais comuns na indústria automotiva brasileira ao longo da próxima década.

Seles Nafes
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