‘Sou de direita, mas não bolsonarista’, diz pré-candidato à prefeitura de Macapá

Sharon Braga, de 39 anos, já tinha presidido o PSL, que em 2018 apoiou Waldez Góes no 2º turno
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Por SELES NAFES

O empresário Sharon Braga, de 39 anos, será anunciado oficialmente pelo Partido Novo (30) como pré-candidato à prefeitura de Macapá nas eleições de outubro deste ano. Será a primeira vez da legenda numa eleição no Amapá.

O partido criado em 2015 pelo banqueiro João Amoedo demorou a se instalar no Amapá, um dos últimos estados a ter uma representatividade.

“O Novo defende a liberdade econômica e as liberdades individuais. Temos mais de 100 filiados que contribuem e participam dos eventos. Não basta ser apenas filiado”, explica o presidente do partido no Amapá, Elliarlen Cruz.  

Uma das diferenças da legenda é o modelo de escolha das candidaturas, baseado num processo seletivo que inclui inscrição, entrevistas, apresentação de propostas e sabatina.

Sharon Braga, que é empresário do ramo financeiro, passou em todas as etapas. Ele nunca concorreu a um cargo público, mas não é novato da política.

Em 2018, ele presidia o PSL do então candidato ao governo do Estado, Cirilo Fernandes, que obteve 11,38% dos votos. No segundo turno, o partido declarou apoio ao então governador Waldez Góes (PDT), que foi reeleito.

“Nosso objetivo na época era impedir a família Capiberibe de vencer, e foi o que aconteceu”, lembra Sharon Braga ao Portal SN, ao comentar a campanha de 2018.

Sharon Braga em 2018, no comando do PSL

O PSL era o partido do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, mas Sharon Braga não se considera um bolsonarista.

“O bolsonarismo é uma expressão usada para julgar todas as pessoas que são de direita. Eu sou de direita, mas não me considero um bolsonarista”, explicou.

O próximo passo do partido é lançar a pré-candidatura a prefeitura de Macapá ainda em maio, mas numa data a ser definida. A legenda também já escolheu a pré-candidata a vice, a advogada Daniela Fortunato.

O partido terá fundo eleitoral, mas não possui tempo de televisão e rádio por não cumprir as cláusulas de barreira. A principal estratégia será concentrar propaganda nas redes sociais.

Seles Nafes
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