Por SELES NAFES
Dizem que pegar o ônibus em movimento não é fácil. Foi mais ou menos isso que a prefeita de Serra do Navio, a 220 km de Macapá, Ana Paula (MDB), fez. Só que o ônibus estava parado e cheio de problemas. Afundada em dívidas e destruída, a cidade aos poucos vai retomando a normalidade com um olhar para o futuro.
Na noite da última quarta-feira (26), a prefeita assinou oito ordens de serviços para obras, o que não ocorria há muito tempo em Serra do Navio, onde o prefeito (Elson Belo) foi cassado três vezes acusado de desvio de recursos e de não prestar contas com a Câmara e o Ministério Público. A vice Ana Paula assumiu a missão em novembro do ano passado, atualizou salários, iluminou a cidade e retomou a gestão.
As novas obras serão realizadas por sete empresas diferentes, ao contrário do que acontecia na gestão anterior, quando apenas uma empresa arrematava todos os serviços.
Todos os empresários foram chamados para assinar os contratos, que incluem:
Construção do Shopping Popular
Reforma da arena esportiva na Colônia de Água Branca
Novo pórtico de entrada da cidade
Construção de dois poços artesianos na Vila dos Maranhenses
Implantação do sistema de abastecimento de água de Serra
Urbanização do Distrito de Água Branca
Reforma e ampliação da UBS Luciliana Bastos da Silva (Colônia de Água Branca)
Locação de veículos e fornecimento de reagentes do Laboratório Municipal
Aquisição de insumos, equipamentos e EPIs para o Fundo Municipal de Saúde, no combate à dengue e endemias
Os contratos possuem emendas federais, e algumas já haviam sido perdidas.
“É um momento especial por vermos o desenvolvimento retornando para o nosso município. Algumas obras estava canceladas e fomos atrás de recurso porque a obra parou. Nós temos interesse de entregar pro povo e a empresa tinha a necessidade de receber. Fui várias vezes em Brasília pedir recurso, correr atrás de deputados, senadores e agora estamos recebemos as emendas para a saúde”, comentou.
Na semana que vem, a prefeitura de Serra do Navio receberá dezenas de roçadeiras e tratores da Codevasf.
“Os desafios são grandes, mas a vontade de reconstruir Serra do Navio é muito maior”, garantiu ela.