Por IAGO FONSECA
Pouco tempo depois de nascer, aos seis meses, a pequena Sully Cauenny começou a sofrer com convulsões que atrasaram seu desenvolvimento. Hoje, com 1 ano e 2 meses, ela é diagnosticada com epilepsia e vive com uma traqueostomia, internada há sete meses no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), no Centro de Macapá. A mãe, Ciara Diniz, teme que a filha receba alta antes que ela consiga comprar os equipamentos de respiração e cama adequada para a criança.
A Sully não se desenvolveu adequadamente para a idade dela e, por isso, seu corpo não fica rígido. Ela não consegue sentar e tem movimentos como de um bebê recém-nascido, de acordo com a mãe.
No HCA, ela recebe tratamento de fisioterapia e acompanhamento com fonoaudióloga. Mas, para voltar para casa, ela necessita de um suporte de oxigênio para que não fique tão cansada.
Brincalhona, alegre e animada, Sully é alimentada de três em três horas com uma sonda nasogástrica e passa por aspiração a cada hora. Ciara se preocupa em não ter condições de manter as despesas em casa quando a criança receber alta. Ela mora em uma casa alugada com somente uma cama de casal.
“Mesmo com todo esse atraso, ela é uma criança bem esperta e inteligente. No começo achei que não iria conseguir aguentar tudo isso, pois não foi nada fácil chegar onde chegamos. Me abalei, tive momentos que me dava vontade de desistir de tudo, mas eu sempre estava ali pedindo forças pra Deus e ele sempre me fortalecendo. Graças a Ele, eu consegui ser muito forte, sempre que olho pra minha filha eu choro, ela me dá tantas forças pra seguir. Eu tenho um amor tão grande pela minha filha. Eu não meço esforços para nada em relação a ela e meu outro filho”, declarou Ciara.
Desempregada e mãe de dois filhos, Ciara iniciou uma campanha na internet para arrecadar recursos para cuidar da menina em casa. O filho mais velho, de 11 anos, vive com o pai. Ela recebe ajuda de um irmão, que compra os itens de higiene de Sully.
Agora, Ciara tenta adquirir um fluxômetro do cilindro de oxigênio, ‘ambu’ (equipamento de respiração artificial) e as recargas do cilindro.
“Eu não vou ter como me manter inicialmente, por isso estou atrás de ajuda. Eu trabalhava com vendas de roupas, comprava roupas para revender e trabalhava como manicure, eu conseguia manter o básico pra nós três. Por conta das crises de convulsão, o cérebro dela regrediu e ela ficou com esse atraso na cervical. Mexe os braços e as pernas, mas ela é toda mole. Hoje em dia ela precisa de uma cama adequada, tem que ficar pelo menos 40 cm elevada”, explicou a mãe.
Ciara decidiu criar um Pix Solidário para se adiantar e adquirir os equipamentos caso a filha receba alta. Ela disponibilizou o telefone e chave Pix 96 98118-9290 (Ciara Alves Diniz) para que as pessoas entrem em contato ou ajudem com doações.