Escassez de espécies encarece pescado em Santana

Feirantes da Avenida Princesa Isabel, fica no Centro do município que fica a 17 km de Macapá, afirmam que não tem como baixar o preço
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Por JONHWENE SILVA, de Santana

Consumidores mais assíduos e acostumados a comprar pescado na feira da Avenida Princesa Isabel com a Rua Adalvaro Alves Cavalcante, no Centro de Santana, a 17 km de Macapá, têm notado as espécies mais baratas estão com preços mais elevados. Segundo feirantes, a justificativa é a escassez de alguns peixes.

Popularmente conhecida como “Feira da Princesa Isabel”, o local é um dos pontos de venda de pescado mais populares. O movimento oscila, mas nas últimas semanas caiu consideravelmente. Segundo os empreendedores, a alta nos preços dos peixes mais populares praticada pelos atravessadores afugentou os clientes.

As espécies mais populares …

… como tamuatá …

… pescadinha, entre outras ….

… estão em média R$ 2 a R$ 4 mais caros por quilo. Fotos: Jonhwene Silva

“Pelo que eu vi aqui, está mais caro. Antes eu comprava tamuatá a dez reais e agora está doze. É um peixe mais popular e, com isso, a gente fica meio receoso em vir comprar, né? Mas acho que podia ser mais barato”, afirma o policial militar Anderson Brandão.

Os feirantes explicam que a alta nos preços dos produtos também pode ser atribuída à possível escassez do pescado. De acordo com Antônio Assunção, que trabalha há mais de 15 anos no local, os atravessadores praticam um preço que não tem como baixar. Caso contrário, ao invés de lucrar, os feirantes terão prejuízos.

“Não tem como a gente baixar o preço mais do que isso. Temos despesas com transporte, sacos plásticos, balanças e outros. A pirapitinga, por exemplo, eu compro o quilo a quinze reais e preciso vender a pelo menos dezoito, porque senão, vou ter prejuízo. Então, é dessa forma que a gente vai tentando manter as vendas aqui na feirinha”, explicou seu Antônio.

Antônio: “Não tem como a gente baixar o preço mais do que isso”

No local, já é notada a ausência de peixes como curimatã, jaraqui, traíra e jejum, pescados que são vendidos a preços populares, entre R$ 7 e R$ 18. Já a piramutaba é fornecida ao feirante por R$ 7 e repassada ao consumidor por R$ 10. A dourada, vendida pelo atravessador a R$ 15, é repassada para a população a R$ 20.

“Infelizmente, isso está acontecendo. A gente não pode baixar o preço e sustentar nossas famílias. Essa falta de pescado também atrapalha bastante”, concluiu o feirante Reinaldo dos Santos.

Seles Nafes
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