Fugitiva teve ajuda da mãe para escapar durante motim, diz Iapen

Segundo diretor do Iapen, tumulto foi provocado por presas e visitantes durante procedimento de entrada na ala feminina.
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Por IAGO FONSECA

Quatro presas do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) tentaram fugir da área feminina durante uma briga no horário de visitas, na manhã de domingo (2), na zona oeste de Macapá. Uma conseguiu sair da penitenciária com a ajuda da mãe durante o tumulto, segundo a administração.

Durante a visitação, pessoas externas têm contato direto com todas as internas, independente da relação. Foi nesse momento que as presas colocaram fogo em colchões, bloquearam as grades e a fumaça entrou no pavilhão onde todas estavam. A fuga ocorreu na confusão, enquanto os policiais penais retiravam os visitantes.

Gerlane Nobre Gama, de 23 anos, conseguiu sair com ajuda da mãe. Ela é presa provisória pelo crime de tráfico de drogas. Os policiais penais identificaram as quatro fugitivas, mas só conseguiram impedir a saída de três. A administração da penitenciária acredita que a ação foi organizada previamente.

Gerlane Nobre Gama, de 23 anos, conseguiu sair com ajuda da mãe. Foto: Divulgação/Iapen

“Foi feito o registro de ocorrência, nós coletamos as imagens de toda a penitenciária onde a gente já consegue identificar quem são as visitantes que participaram desse movimento e as presas que colaboraram. Essas investigações já estão sendo trabalhadas pela Polícia Civil e nós estamos fazendo a divulgação das imagens e do nome da fugitiva para que as forças de segurança possam tentar realizar a captura dela”, reforçou o diretor do Iapen, delegado Luiz Carlos Gomes Junior.

Segundo ele, facilitar ou promover a fuga de pessoas é um crime que, se praticado por mais de uma pessoa, tem pena elevada que pode chegar até seis anos de prisão. A mãe de Gerlane, se localizada, pode responder pelo crime.

“Há um movimento de visitantes ligados a facções criminosas que tentam desestabilizar o sistema, obviamente que nem todos os visitantes têm ligação com essas facções, mas o que a gente percebeu nesse evento foi que parte das visitantes já eram ex-detentas da penitenciária, então foi algo organizado e planejado para de fato gerar, facilitar essa fuga”, completou o diretor.

Fuga ocorreu durante tumulto na penitenciária feminina no horário de visitas

Protestos sobre novas normas

Desde o anúncio de mudanças nas regras de visitação e entrada de alimentos pela administração da penitenciária, na última semana, visitantes têm promovidos manifestações contrarias em frente ao instituto, especialmente nos pavilhões masculinos. No entanto, os pavilhões femininos não aderiram à “greve de fome” promovida por presos.

“A penitenciária feminina tem a mesma falha da masculina, que é essa mistura de visitantes com presos dentro do pavilhão. Então, presos que não recebem visita acabam tendo contato com visitantes de outros presos, já que eles ficam todos juntos. Esse é um problema que nós vamos enfrentar nas próximas mudanças, queremos criar áreas de convivência para visitantes até para que impeça esse novo tipo de ação de desordem e facilitação de fuga”, concluiu o diretor.

Seles Nafes
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