Por LEONARDO MELO
Ainda não há uma data exata para o Amapá iniciar a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que substituirá o atual ‘RG’, porém, quando começar, o documento será feito, inicialmente, para quem nunca tirou o documento e alguns grupos prioritários – como pessoas que precisam viajar por motivo de doença, tratamento e demais situações emergenciais.
O Amapá é um dos últimos estados, junto da Bahia e Roraima, que ainda não emitem o documento. De acordo com a Polícia Científica, a demora no envio dos equipamentos pela alta demanda, a capacitação de servidores e criação de um novo sistema atrasaram a produção na nova identidade no Estado. O prazo nacional venceu em janeiro deste ano.
Neste mês, a Polícia Científica, responsável pelas autenticações dos documentos, concluiu a distribuição de 140 kits com scanner, coletor de assinatura (conhecido como PAD), coletor biométrico, webcam, notebook e módulo cenário para todos os órgãos autorizados como a Rede Super Fácil, Iapen, Defensoria Pública e prefeituras municipais.
“Conseguimos vencer mais uma etapa e agora a gente está alinhando para fazer o anúncio da data, porque a gente vai precisar parar o Super Fácil para poder fazer a instalação dos equipamentos, fazer os testes necessários. A ideia é que a gente atenda o grupo prioritário para diminuir a procura no primeiro momento. Para não dar aquela corrida insana através da nova carteira, para segurar esse ímpeto porque não é necessário. A carteira antiga ainda é válida até 2032”, explicou o diretor da Polícia Científica, Marcos Ferreira.
A prioridade será para pessoas que precisam do novo documento para situações emergenciais justificadas, como doença, Tratamento Fora de Domicílio ou cirurgia marcada. Apesar disto, segundo a Polícia Científica, o Amapá tem cédulas suficientes para atender a população por três anos.
“Em abril e maio chegaram os equipamentos, nós fizemos o treinamento dos servidores com o equipamento novo, software novo, para ver se está tudo funcionando. Temos quase 300 mil cédulas que dá para a gente atender durante três anos, a Polícia Científica está toda preparada para o início das emissões, faltando os últimos detalhes para o anúncio”, concluiu o diretor.
Embora a nova carteira já exista há cerca de dois anos no país, apenas em 11 janeiro encerrou-se o prazo obrigatório para os estados se adaptarem. A CIN adota apenas o número do CPF, foto e impressão digital como identificação, em um novo modelo impresso mais compacto. Na versão digital, pode ser vinculada a CNH, Cartão Nacional de Saúde, Título Militar e até à Carteira de Trabalho.