Sem publicação, deputada se mantém no cargo; veja a diferença para outros casos

Sem publicação de acórdão, Sílvia Waiãpi se mantém e ainda pode conseguir uma liminar no TSE até julgamento definitivo na corte superior
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Por SELES NAFES

Enquanto o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) não publicar o acórdão com o resumo da decisão que cassou por unanimidade, na última quarta-feira (19), o mandato da deputada federal Sílvia Waiãpi (PL), ela se manterá no cargo. O Portal SN apurou que a decisão deve ser publicada até a próxima terça-feira (25), pela manhã.

Ela também pode tentar um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspenda a decisão do tribunal local para permanecer no cargo até o julgamento definitivo na corte superior, onde fica a última instância do caso.

Muita gente comparou o processo de Sílvia Waiãpi com a de outra deputada cassada na semana passada pelo TRE do Amapá, neste caso a estadual Edna Auzier (PSD). No entanto, o processo dela é de um crime eleitoral cometido na legislatura passada, ou seja, não afeta o atual mandato.

É diferente do que aconteceu com Karlyson Rebouça (PRTB), que teve o mandato de vereador de Macapá cassado por fraude na cota feminina das eleições de 2020, na qual foi eleito suplente.

Ele assumiu o mandato com a morte do titular Arilson Melo, em março de 2021, mas, em abril deste ano, foi condenado pelo tribunal e ficou fora do cargo imediatamente após a publicação do acórdão. O cumprimento foi imediato, assim como será no caso de Sílvia, caso ela não consiga uma liminar antes da publicação do acórdão.

Silvia ao lado do odontólogo que fez a harmonização facial e depôs no processo sobre a origem dos pagamentos

Karlyson Rebouça perdeu imediatamente o mandato por crime cometido na campanha passada. Foto: Reprodução/CMM

Edna Auzier se manteve: condenação diz respeito à legislatura passada

O suplente que deve assumir o lugar de Sílvia Waiãpi é o ex-vereador Jorielson Nascimento, que se habilitou no processo do Ministério Público Eleitoral como terceiro interessado. No entanto, o ex-deputado federal Evandro Milhomem anunciou que pedirá a anulação dos votos dela e a retotalização do resultado.

Na campanha de 2022, a então candidata usou R$ 9 mil do fundo eleitoral de campanha para pagar uma harmonização facial. O gasto indevido foi denunciado pela ex-coordenadora de campanha dela, a jornalista Maitê Mastop. A prestação de contas da campanha foi reavaliada e rejeitada no mesmo julgamento.

No julgamento no plenário do Tribunal Regional Eleitoral, ela foi condenada por 7 votos a zero, mas ainda não foi notificada da decisão.

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