Servidores da Ueap são indiciados por esquema de corrupção que rendeu R$ 12 milhões

Inquérito é da Operação Graduatio, que aponta ]registro irregular de diplomas de instituições particulares de Macapá.
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Da REDAÇÃO

O inquérito da Operação Graduatio, que investigou servidores da Universidade Estadual do Amapá (Ueap) e outros envolvidos em um esquema de registro irregular de diplomas de instituições particulares de Macapá foi concluído e remetido ao Ministério Público nesta terça-feira (4).

Apurado pela Divisão Especial de Combate à Corrupção (Deccor), o caso terminou sua fase investigativa com 5 funcionários concursados da universidade e outros 5 investigados indiciados pelos crimes de organização criminosa, e corrupção passiva e ativa. As penas dos crimes podem chegar a mais de 40 anos de reclusão, além da perda dos cargos públicos.

De acordo com as investigações, entre os anos de 2019 a 2021, a suposta organização criminosa atuou no registro irregular de diplomas de instituições particulares, mediante o recebimento de vantagens indevidas.

As investigações foram iniciadas após a Ueap noticiar possíveis irregularidades no registro de diplomas externos. Durante as investigações, a instituição de ensino superior colaborou com o compartilhamento de informações, afirmou a Polícia Civil em nota.

A organização criminosa direcionava as instituições privadas interessadas no registro de diplomas a duas empresas criadas e controladas pelos indiciados, sob a falsa justificativa de que a Ueap havia terceirizado o serviço de registro de diplomas, o que nunca ocorreu.

Na prática, os indiciados receberam indevidamente mais de R$ 12 milhões. Foi identificado pela Polícia Civil e pela Ueap o registro ilícito de mais de 62 mil diplomas, sem a observância das prescrições do Ministério da Educação e da referida universidade estadual.

Durante as fases operacionais da investigação …

… com cumprimentos de mandados de busca e apreensão …

… a polícia apreendeu uma série de bens dos envolvidos, incluindo carros…

… motos …

… e até coleção de relógios de luxo. Fotos: Ascom/PC

Durante as fases operacionais da investigação, com cumprimentos de mandados de busca e apreensão, a polícia apreendeu uma série de bens dos envolvidos, incluindo carros, motos e até coleção de relógios de luxo.

A organização criminosa, com divisão de tarefas devidamente definida, era composta por cinco servidores efetivos da universidade estadual, sendo um analista de tecnologia, dois assistentes administrativos e dois professores, além de cinco pessoas físicas sem vínculo com a instituição de ensino superior.

Entre os indiciados, dois servidores públicos foram identificados como os líderes do esquema criminoso, os quais se aproveitaram dos cargos públicos para obtenção dos valores indevidos.

Seles Nafes
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