Solicitação de Dorinaldo, Câmara vai debater degradação na Amazônia

O evento é realizado na Comissão de Amazônia e Povos Originários e Tradicionais da Câmara Federal.
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Da REDAÇÃO

As chances da degradação na Amazônia tornar-se impossível de reverter será tema de uma audiência pública na Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (2). O evento é realizado na Comissão de Amazônia e Povos Originários e Tradicionais da Casa e foi requerido pelo deputado federal Dorinaldo Malafaia (PDT-AP).

Entre janeiro e junho deste ano, foram detectados 12.696 focos de incêndio na região, cerca de 76% a mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta semana.

De acordo com Malafaia, a audiência tem como objetivo pautar no parlamento os efeitos do desmatamento e sua relação com a crise climática no Norte do país, além de buscar formas de contribuição junto com a comunidade científica e movimentos sociais para enfrentar o cenário.

“Estamos a menos de duas semanas para o início oficial da temporada de seca na Amazônia e já há sinais preocupantes em nosso bioma. A crise é ambiental e também econômica e social para os povos amazônidas. No Amapá, por exemplo, nunca passamos por uma estiagem tão severa como a do ano passado e precisamos buscar na ciência e nos movimentos sociais parceiros para que o poder público esteja em melhores condições do enfrentamento dessa crise”, pontuou o parlamentar.

Dorinaldo: “há sinais preocupantes em nosso bioma”

Entre os convidados confirmados estão o renomado pesquisador Dr. Carlos Nobre, que tem dedicado sua carreira científica à Amazônia e desenvolveu pesquisas pioneiras sobre os impactos climáticos do desmatamento na região; e André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Participam também pesquisadores, representantes de fundações, movimentos sociais e ativistas da Amazônia.

Ponto de não retorno

Os eventos climáticos extremos que têm sido cada vez mais recorrentes no Brasil são apontados por cientistas como consequências da destruição da Amazônia e do desequilíbrio ecossistêmico do bioma.

Cientistas alertam para a possibilidade concreta de o bioma chegar ao chamado “ponto de não retorno”, quando a degradação ambiental será tão profunda, que será impossível revertê-la.

Seles Nafes
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