Por IAGO FONSECA
A vida da diarista Ivanete Cardoso, de 46 anos, não tem sido fácil. Em 2021, com o trabalho constante, ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que paralisou seus pés, mãos e face. Três anos depois, após outras crises e já recuperada, descobriu que convive com um tumor no cérebro e que precisará passar por uma cirurgia fora do Amapá.
No fim do ano passado, ela sentiu muitas dores de cabeça e realizou novos exames, que atestaram o desenvolvimento de um meningioma supraclinoide no cérebro – um tumor que afeta o sistema nervoso central e pode causar dores de cabeça, vômitos, rigidez, perda de sensibilidade ou força, falta de coordenação, alterações visuais e auditivas, dificuldade para falar e convulsões.
“Eu já sentia muita dor antes de ter tido o AVC, o médico já tinha dito que eu tinha um coágulo na cabeça. Depois, com quase três anos desde que tive o AVC, outro médico mandou eu fazer a tomografia, e aí ele falou que eu estava com o tumor e com esse coágulo. Eu ainda sinto muita dor de cabeça, direto”, explicou.
Moradora da zona norte de Macapá, no Bairro Infraero 2, Ivanete está sem trabalhar desde que sofreu as sequelas dos AVCs. Ela vive só com o marido em uma casa cedida por conhecidos da igreja, já que não conseguem mais pagar aluguel.
“Antes era melhor, eu conseguia trabalhar. Agora sou muito limitada, fiquei dois meses paralisada do lado direito devido ao AVC. Mesmo depois de três anos, não voltei ao normal. Não consigo nem pegar algumas coisas às vezes, mas isso é o de menos. O problema são as sequelas, tem noite que não durmo com as dores”, lamentou.
Até o início desta semana, Ivanete estava incerta sobre como faria para viajar e realizar a cirurgia. De última hora, uma amiga que seria sua acompanhante teve outra situação familiar para resolver. O marido de Ivanete também não estava disponível para acompanhá-la.
Com viagem marcada para Curitiba (PR), pelo serviço de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) do Amapá, Ivanete passará por cirurgia no próximo dia 15 de julho. Acompanhada da filha mais velha, de 29 anos, ela teme não conseguir arcar com despesas de transporte, hospedagem e alimentação. O benefício do TFD custeou somente as passagens aéreas.
“Fiquei até preocupada, mas hoje eu entendo o projeto de Deus assim, Ele sabe de todas as coisas. O médico falou que, devido a já ter tido um AVC, eu poderia ter outros por causa do tumor, então era melhor eu fazer uma cirurgia para remover. Mas aí não é feita aqui. Eu vou precisar de ajuda, lá vou precisar pagar transporte e encontrar um lugar para a gente ficar”, ponderou a diarista.
Em busca de apoio financeiro, Ivanete divulgou a chave Pix 73405108268 (Ivanete Monteiro Cardoso) para receber doações. Ela também disponibilizou o endereço Avenida Cid Borges de Santana, 2888, Infraero 2, para visitas e entregas de outros tipos de ajuda.