Liderança feminina de facção é presa na Expofeira

Ela é acusada de coordenar a "caixinha" que recebe contribuições de todas as mulheres que fazem parte do grupo
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Da REDAÇÃO

A Polícia Civil do Amapá anunciou neste sábado (31) ter feito a prisão da liderança feminina da maior facção criminosa do Estado. A detenção ocorreu na noite de ontem (30), na Expofeira, e foi conduzida por policiais da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core).

O nome da acusada não foi divulgado, mas ela estava sendo procurada desde fevereiro, quando ocorreu a Operação Vênus. Já havia um mandado de prisão preventiva contra ela.

Investigadores já sabiam que ela poderia aparecer na Expofeira, o que obrigou os policiais a intensificarem o monitoramento no Parque de Exposições. Durante a abordagem, ela tentou destruir seu celular.

“Numa tentativa de inviabilizar o acesso a dados importantes para a investigação, mas a ação rápida dos policiais evitou a destruição”, comentou o delegado Abrão Trani, coordenador da Core.

De acordo com o delegado Ismael Nascimento, da Draco, a mulher era a responsável por coordenar a arrecadação da “caixinha”, que são as contribuições mensais das mulheres do grupo em todo o estado.

“Essas contribuições financiavam atividades ilícitas, como homicídios, tráfico de drogas e aquisição de armas”, explica o delegado.

Ao ser abordada tentou quebrar o celular. Foto: Divulgação

Elo entre cúpula e bairros

Ainda segundo a polícia, a criminosa seria o principal elo de comunicação entre as principais lideranças de bairros e a cúpula do grupo, “gerindo as finanças tanto de dentro quanto fora do presídio, o que a tornava uma das figuras influentes dentro do grupo”.

A Operação Vênus já resultou na prisão de 25 pessoas, 52 mandados de busca e apreensão e no bloqueio judicial de 145 contas bancárias.

“A prisão dessa liderança representa um golpe significativo contra o grupo, especialmente porque ela era responsável por um dos principais mecanismos de financiamento de práticas delitivas. Ao enfraquecer a estrutura financeira do grupo criminoso, conseguimos impactar diretamente sua capacidade de realizar atividades criminosas, como execuções, tráfico de drogas e compra de armamento pesado”, avalia Ismael Nascimento.

A criminosa foi encaminhada para audiência de custódia.

Seles Nafes
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