Da REDAÇÃO
Uma operação respaldada por mandados de busca e apreensão foi a primeira reação das forças policiais do Amapá às ameaças de morte feitas pelo crime organizado contra a diretoria e policiais penais do Instituto de Administração Penitenciárias do Amapá (Iapen).
As intimidações, realizadas pelas redes sociais, tentavam desestabilizar as ações que enfraquecem atividades ilícitas no presídio, informou o delegado Ismael Nascimento, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), que comandou a operação, nesta quinta-feira (19).
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e dispositivos eletrônicos como celulares e notebooks dos suspeitos foram recolhidos para investigação. A Polícia Civil busca identificar todos os envolvidos nas ameaças. Além de ameaças, injúrias e incitação ao crime são os crimes inicialmente investigados.
Segundo o delegado, as medidas rigorosas para combater atividades ilícitas no sistema prisional – ações que vêm enfraquecendo o crime organizado dentro do presídio – motivaram as ameaçadas.
As ameaças, feitas de forma anônima pela internet, incluíam mensagens diretas de intimidação, mencionando até o assassinato do policial penal Clodoaldo, morto em uma emboscada em 2012, com mais de 20 tiros, uma retaliação por sua atuação firme contra o crime organizado no estado.
A Polícia Civil do Amapá, em nota oficial, reafirmou seu compromisso com a segurança pública, destacando que não irá tolerar ameaças contra autoridades que estão atuando para manter a ordem no sistema prisional.
“Continuaremos a agir firmemente para neutralizar qualquer tentativa de intimidação e garantir a segurança de todos os envolvidos na administração da justiça”, declarou a corporação.