Por SELES NAFES
O prefeito de Macapá e candidato à reeleição, Dr Furlan (MDB), alegou serem inverídicas e injuriosas as informações divulgadas pela propaganda eleitoral do candidato Paulo Lemos (Psol), sobre as fraudes investigadas na obra da Praça Jacy Barata, alvo de inquérito da Polícia Federal.
O argumento consta num pedido de direito de resposta que foi negado pela justiça eleitoral, neste fim de semana, em mais uma tentativa de impedir que adversários citem a operação na propaganda eleitoral.
Na ação contra Paulo Lemos, Furlan pedia também a suspensão do programa, e que o candidato fosse impedido de usar o mesmo tema em outros programas, além do direito de resposta. O prefeito entende que o conteúdo é difamatório e tem o objetivo de confundir o eleitor.
A defesa de Paulo argumentou que as críticas são legítimas, baseadas em notícias da imprensa nacional e local.
O juiz Diego Araújo, da 2ª zona eleitoral, o mesmo que autorizou os mandados de busca e apreensão na casa do prefeito e na prefeitura, no último dia 19 de setembro, admitiu que o tom usado na propaganda foi contundente e gera incômodo ao prefeito, mas não são crimes.
“Ao meu sentir, a propaganda eleitoral questionada não transborda os limites do exercício da livre manifestação de pensamento, carecendo de elementos que ensejem o direito de resposta, haja vista não se extrair dela ofensas de caráter pessoal ao candidato representante que necessitem de reparação”, comentou.
Além de Paulo Lemos, Furlan perdeu ação similares contra o candidato Gilvam Borges (Avante).