Por SELES NAFES
O Ministério Público do Amapá abriu investigação para apurar uma denúncia de nepotismo no Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE-AP).
A acusação envolve o conselheiro Paulo Roberto de Oliveira Martins, que teria nomeado sua própria esposa, Josefa de Fátima da Silva Serio Martins, para o cargo comissionado de Assessora Especial no GAB 04, por meio do Decreto n. 2765 de 07 de agosto de 2021.
A denúncia aponta que a nomeação configura nepotismo direto, prática proibida por uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF), que impede a nomeação de cônjuges ou parentes de até terceiro grau para cargos de confiança em órgãos públicos.
Além disso, a nomeação também pode ferir os princípios da meritocracia e as normas de combate ao nepotismo previstas na Constituição Federal e na Lei de Improbidade Administrativa, segundo apontou o Ministério Público.
O caso está sendo investigado pela 3ª Promotoria de Justiça da Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que solicitou ao TCE-AP informações sobre o grau de parentesco entre os envolvidos, as qualificações técnicas da servidora nomeada, além de detalhes sobre a regulamentação do cargo ocupado.
O MP também determinou a obtenção de certidão de casamento ou união estável que comprove o vínculo matrimonial entre Paulo Roberto e Josefa de Fátima.
As investigações seguem em andamento e, caso a prática de nepotismo seja confirmada, poderá resultar em ações legais contra o conselheiro e a servidora.