Por SELES NAFES
Vários tumultos estão sendo relatados por passageiros que estão desde ontem (14) aguardando para serem resgatados no navio Ana Beatriz VIII, atracado em um pequeno porto comunitário no Pará, depois de quase ir a pique. Passageiros informaram ao Portal SN que a lanchonete do barco não parou de vender bebidas alcoólicas, e que até o comandante já foi agredido.
O navio Ana Beatriz VIII tem a bordo mais de 300 pessoas que embarcaram em Belém (PA) para Macapá. A embarcação enfrentou uma forte maresia enquanto navegava por uma baía no Estado do Pará, e chegou a ficar alagada. Há relatos sobre excesso de carga. Com muito custo, o barco chegou na Baía do Capim, ainda no Pará, onde aguarda a chegada de outro navio da empresa para fazer a transferência dos passageiros. Alguns começaram a ser levados pelo Corpo de Bombeiros para Abaetetuba (PA).
Mas o clima da tensão e de indignação, somado ao consumo de álcool e falta de bom-senso, fizeram as primeiras vítimas. Um dos passageiros que enviou vídeos e informações de dentro do navio foi agredido por ter filmado outros passageiros, com a intenção apenas de mostrar o sofrimento das pessoas.
Um homem alcoolizado foi até a cabine do comandante e causou prejuízos. O comandante foi agredido, mas outros passageiros conseguiram afastar os mais exaltados.
A Empresa de Navegação Santana Transportes Hidroviários, responsável pelo Ana Beatriz VIII, divulgou um comunicado ao Portal SN, reafirmando que a embarcação está aguardando a “conclusão de levantamentos que estão sendo realizados pela Capitania dos Portos do Estado do Pará para certificar sua plena navegabilidade”. A empresa ressaltou que toda a documentação do navio foi aprovada pelos órgãos governamentais competentes.
No comunicado, a empresa garantiu que suas atividades seguem normalmente, sempre atentas às orientações dos órgãos fiscalizadores, e afirmou estar comprometida com o bem-estar e segurança dos usuários.
A Santana Transportes ainda fez um alerta à população para se precaver contra a disseminação “de notícias falsas (fake news) sobre o incidente nas redes sociais”, repudiando qualquer tipo de publicação que tenha o intuito de desinformar.