Por RODRIGO DIAS
Milhares de pessoas aproveitaram o domingo (13) para renovar a fé e agradecer por alguma graça alcançada. Antes mesmo do início da missa que precedeu a procissão do Círio de Nazaré, fiéis já faziam o percurso, alguns de joelhos, outros carregando símbolos de graça alcançada ou pedindo proteção.
Foi o caso de Kelson Guedes, de 51 anos. Ele perdeu a sobrinha em um acidente de moto na rodovia do Curiaú, o que o levou a empurrar sua moto no meio da multidão durante o trajeto do Círio de Macapá.
“É um modo de pedir proteção no trânsito, que hoje em dia é muito violento, e poucas pessoas respeitam a vida. Faço essa peregrinação há 10 anos, alertando, pedindo proteção e agradecendo porque eu ando de moto e é preciso mais respeito entre as pessoas”, comentou.
Patrick José dos Santos Coelho estava com o “anjinho” Paulo Venâncio no colo. O professor caminhou descalço com a esposa Silvia por um motivo especial.
“Pela saúde do meu filho, que nasceu no dia 8 de janeiro, teve problemas e ficou intubado por 1 mês e 20 dias na pediatria. É um milagre e, hoje, ele está bem. Estamos pagando a promessa”, contou.
Esses são apenas dois dos muitos casos de devoção no Círio. A corda foi disputada a cada centímetro pelos fiéis descalços. Muitos voluntários distribuíram água, refrigerante, suco, lanches, fitinhas, souvenirs e frutas.
O Círio de Nazaré é a maior manifestação religiosa do Amapá. Esta foi a 90ª edição do evento, que teve como tema: “Em oração com Maria aprendemos a amar e servir, para que o Reino de Deus aconteça!”
Foram quase 4 quilômetros de tradicional procissão, marcada por demonstrações de agradecimento, fé e amor ao próximo, tanto por parte dos fiéis quanto dos voluntários.
De acordo com a organização, mais de 350 mil pessoas participaram da celebração.