Liminar manda OAB desbloquear acesso de tesoureira ao sistema financeiro da entidade

Roane Góes, diretora financeira da OAB, foi impedida de trabalhar. Juiz federal determinou que entidade adote providências, sob pena de pagamento de multa
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Por SELES NAFES

A Justiça Federal determinou que a seccional da OAB no Amapá restabeleça o acesso da diretora financeira, Roane Góes, ao sistema da entidade. A decisão liminar foi proferida pelo juiz Anselmo Gonçalves, da 6ª Vara Federal, em uma ação de rito ordinário movida por Roane, que acusa o presidente Auriney Brito de assédio moral.

Segundo a diretora, ela descobriu que seu acesso ao sistema havia sido bloqueado após retornar de uma licença médica. Além disso, Roane afirma que Brito criou o cargo de tesoureira adjunta, consolidando uma espécie de afastamento sumário de suas funções. O caso foi alvo de manifestação pública de advogados na semana passada, em apoio à diretora.

Ao analisar o pedido, o juiz ressaltou que, embora a OAB não seja um órgão da administração pública direta ou indireta sujeito aos tribunais de contas, ela pode ser responsabilizada judicialmente em caso de irregularidades. Para o magistrado, não há justificativa razoável para o impedimento da diretora de acessar o sistema.

“Tanto é que nem o técnico responsável, nem o presidente da OAB/AP, apresentaram justificativa clara para tal absurdo, deixando a autora simplesmente impossibilitada de exercer seu ofício com plenitude”, comentou o juiz.

Advogados promoveram ato público na semana passada. Fotos: Rodrigo Dias

A liminar determina que a OAB adote as medidas necessárias para restabelecer o acesso de Roane Góes ao sistema, utilizado para o controle do cadastro de advogados, entre outras funções. O descumprimento da ordem pode resultar em uma multa diária de R$ 5 mil.

O caso ocorre em meio ao processo eleitoral para o próximo biênio da entidade.

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