Por JONHWENE SILVA, de Santana
Quem transita ou aguarda coletivo em um dos pontos de ônibus no Igarapé da Fortaleza, do lado de Macapá, tem se deparado com uma situação preocupante. Às margens da Rodovia Josmar Chaves Pinto, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Fazendinha, uma lixeira começou a se formar, de forma recorrente.
Nela estão restos de animais mortos, pedaços de madeira e grandes quantidades de caroços de açaí espalhados pelo local, que fica a aproximadamente 9 km do centro de Macapá. O lixo se acumula, gerando desconforto e mal-estar para quem passa pelo local. Até um colchão foi despejado.
De acordo com moradores, o problema não é recente, mas vem ganhando proporções maiores. A cada semana, o lixo se acumula mais. O autônomo Edson Campos, que trabalha a poucos metros da área, relata que, no início, algumas tentativas de denunciar a situação foram feitas, mas sem sucesso.
“São os próprios moradores, do outro lado da rodovia, que jogam lixo ali. Tem de tudo, desde animais mortos até colchões velhos. Eu vendo peixe aqui perto e teve um pessoal que até tentou impedir, mas não deu em nada”, afirmou.
A situação também é difícil para quem precisa esperar o transporte coletivo no ponto de ônibus próximo à lixeira.
A estudante Gabriela Dicássia conta que, em alguns dias, é quase impossível permanecer no local devido ao mau cheiro dos animais mortos despejados ali.
“É muito triste, porque sabemos que aqui é uma área de proteção ambiental, mas, infelizmente, algumas pessoas não têm essa consciência. Há dias em que o fedor é insuportável por causa dos animais mortos. Acho que as autoridades ambientais deveriam tomar providências, pois a falta de educação de alguns causa transtornos para todos”, concluiu a estudante.