Operação prende esposas do crime organizado e apreende R$ 50 mil

Segundo a polícia, elas eram responsáveis por dar fluxo financeiro e adquirir armas para a facção.
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Da REDAÇÃO

Uma investigação conduzida Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) desarticulou um dos núcleos mais importantes para a maior facção do Amapá. A célula criminosa dava apoio externo a líderes do grupo criminoso do estado, com atividades especificas executadas pelas esposas dos líderes presos.

A Operação Uxor, realizada nos dias 9, 10 e 11, em Macapá e Fortaleza, resultou em sete prisões, e na apreensão de R$ 50 mil em espécie e de um veículo avaliado em R$ 120 mil, que teria sido comprado com dinheiro faturado pelo crime organizado, durante o cumprimento de oito mandados de busca, cumpridos dentro e fora do Iapen.

Cerca de R$ 50 mil …

… em espécie …

… foram apreendidos na casa …

… de uma das esposas

Entre os presos estavam integrantes de alto escalão, incluindo um dos fundadores da facção que, mesmo encarcerado, coordenava atividades ilícitas com o auxílio de sua companheira, responsável pela comunicação externa e fluxo financeiro.

Entre os outros alvos estão lideranças que exercem diferentes funções dentro do grupo criminoso, como coordenação de atividades ilícitas em regiões específicas de Macapá. Outra presa também é companheira de um dos líderes e foi identificada como responsável pela logística para aquisição de armas, além de administrar a distribuição de valores entre membros fora do presídio.

Outro alvo foi identificado como um dos principais coordenadores das atividades do grupo criminoso fora do sistema prisional. Ele seria responsável por gerir o tráfico de drogas em áreas estratégicas de Macapá, bem como intermediar a entrada de ilícitos no Iapen. As investigações revelaram que esse suspeito, em conjunto com outras lideranças, tentou organizar uma fuga em massa no início de outubro, o que foi evitado graças à atuação rápida das equipes de inteligência do Iapen.

Liderança que ajudou a fundar a facção foi levada para prestar depoimento

Em pavilhões do Iapen …

… agentes vasculharam celas …

… em busca de mais provas

O delegado Ismael Lucas, titular da DRACO e responsável pela investigação e operação, destacou a importância da ação no enfrentamento ao crime organizado no Amapá, ressaltando o papel das iniciativas integradas.

“Nosso foco é desmantelar as estruturas de apoio que mantêm o grupo criminoso ativo. Identificar e prender as pessoas que garantem suporte logístico e financeiro é essencial para enfraquecer a capacidade de atuação desse grupo, tanto dentro quanto fora dos presídios”, afirmou o delegado.

A promotora Andrea Guedes, do Ministério Público do Amapá e Coordenadora do GAECO, que acompanhou e apoiou a execução das medidas, também ressaltou a importância das ações integradas no combate ao crime organizado.

“Esses grupos criminosos têm tentado se estruturar com apoio de pessoas fora do sistema prisional. Essa operação é um exemplo de como a união das forças de segurança e a atuação coordenada do Judiciário e Ministério Público são essenciais para enfraquecer o poder dessas organizações. O trabalho conjunto entre DRACOs e GAECOS, promovido pela RENORCRIM, fortalece ainda mais nossa capacidade de enfrentamento”, destacou a promotora.

Carro avaliado em R$ 120 mil teria sido comprado com dinheiro do crime organizado

Casa de esposa de criminoso tinha bilhar e fartura

As investigações que deram origem à Operação Uxor foram iniciadas após a interceptação de conversas entre os alvos principais dentro do sistema penitenciário, onde ficou clara a atuação ativa das companheiras das lideranças no suporte ao grupo criminoso.

A denominação da operação faz referência à palavra em latim para “esposa”, evidenciando o papel crucial desempenhado por essas mulheres na manutenção das atividades ilícitas do grupo.

A Operação Uxor foi planejada e executada pela DRACO com o apoio da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DETE), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), do Núcleo de Operações com Cães (NOC), do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) e da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).

Seles Nafes
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